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21 de setembro de 2025 - 23h29
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ECONOMIA

BTG e Perfin investem R$ 10 bilhões na Cosan para reduzir endividamento

Aporte reforça capital da holding de Rubens Ometto e financia desalavancagem, fortalecendo Raízen, Rumo e Compass

21 setembro 2025 - 21h20Cristiane Barbieri
A Cosan atua nos setores de energia, óleo e gás e agronegócio.
A Cosan atua nos setores de energia, óleo e gás e agronegócio. - (Foto: Divulgação/Cosan)
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Os fundos BTG Pactual e a empresa de investimentos Perfin farão um aporte de R$ 10 bilhões na Cosan, holding que controla empresas como Raízen, Rumo Logística e Compass Gás, entre outros negócios. O investimento chega em um momento em que a Cosan enfrentava alto endividamento: ao final de 2024, a empresa acumulava R$ 23,5 bilhões em dívidas e registrou prejuízo de R$ 9,4 bilhões, com receita anual de R$ 44 bilhões.

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O anúncio deste domingo visa reduzir significativamente o endividamento e fortalecer a estrutura de capital da companhia. Em nota, a Cosan destacou que a operação tem como objetivos aprimorar a governança, otimizar custos e dar continuidade aos processos de desalavancagem.

Os novos investidores entram na empresa por meio de uma oferta primária de ações, enquanto o controlador Rubens Ometto mantém 50,01% das ações ordinárias e a presidência do conselho. BTG e Perfin terão participação combinada de 49,99%. Juntos, os três sócios passarão a controlar 55% do capital social da Cosan.

Ometto afirmou que a transação demonstra a capacidade de adaptação do grupo e reforça seu compromisso com a perenidade do negócio. “Ter o BTG e a Perfin como sócios nos dá segurança para seguir investindo no desenvolvimento do país”, declarou.

O aporte será feito em duas etapas:

  • R$ 7,25 bilhões via aquisição de ações a R$ 5 cada, envolvendo controladores e family offices ligados à família Ometto;

  • R$ 1,8 bilhão por meio de uma segunda oferta, cujo preço será definido em 30 de outubro, com restrição de venda de metade das ações por dois anos para os participantes.

Segundo o CEO Marcelo Martins, os recursos serão usados exclusivamente para renegociar e repagar dívidas financeiras, reduzindo a alavancagem e possibilitando a retomada do crescimento da Cosan.

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