
O Brasil alcançou um novo recorde em 2024, com 88,9% da população de 10 anos ou mais com telefone celular, de acordo com dados divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira, 24 de julho. O estudo, referente ao módulo de Tecnologia da Informação e Comunicação da Pnad Contínua, mostra um crescimento de 11,5 pontos percentuais desde 2016, refletindo a popularização dos aparelhos móveis no País. No último ano, o aumento foi de 1,3 ponto em relação a 2023.

As áreas rurais tiveram um avanço ainda mais significativo, com a quantidade de pessoas com celular subindo de 54,6% para 77,2% desde 2016. Um dos grupos que mais ampliou a conectividade foi o dos idosos, com a posse de celular entre pessoas com 60 anos ou mais crescendo de 66,6% para 78,1% entre 2019 e 2024. No entanto, a falta de familiaridade com o aparelho e a ausência de necessidade ainda são as principais razões para a não posse do celular entre essa faixa etária.
Crescimento do acesso à internet
Além da expansão dos celulares, o acesso à internet também tem registrado avanços consideráveis. O Brasil já conta com 93,6% dos domicílios conectados, com destaque para as zonas rurais, onde a cobertura passou de 35% em 2016 para 84,8% em 2024. A inclusão digital também tem beneficiado os idosos, com o percentual de conectados subindo de 44,8% em 2019 para 69,8% em 2024.
A presença de internet móvel, tanto banda larga fixa quanto móvel, também cresceu no último ano, com a banda larga móvel subindo de 83,3% para 84,3% entre 2023 e 2024. Já a internet fixa avançou de 86,9% para 88,9%.
Com isso, o celular segue sendo o principal dispositivo de acesso à internet no Brasil. Em 2024, 98,8% dos usuários de 10 anos ou mais acessaram a internet pelo celular, superando por larga margem o uso de microcomputadores (33,4%) e tablets (8,3%). Em 2016, o acesso via celular representava 94,8% das conexões.
Acesso desigual
Embora o uso da internet tenha crescido, ainda há disparidades regionais. A presença de celular é mais forte no Centro-Oeste (98,5% dos domicílios) e no Nordeste (95,2%). Além disso, a pesquisa revelou uma redução das desigualdades no uso da internet entre diferentes grupos raciais, com 90% de pessoas brancas acessando a rede, em comparação com 88,4% de pretos e 88,6% de pardos.
