
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Itamaraty está definindo medidas com base na Lei da Reciprocidade para reagir à sobretaxa de 50% aplicada pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. Em entrevista à GloboNews nesta segunda-feira, 11, ele citou como exemplo o questionamento formal já feito pelo Brasil à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra a ordem executiva norte-americana.

Segundo Haddad, o enfrentamento ao tarifaço será conduzido com ações diplomáticas e apoio econômico interno, mas não se trata de uma situação comparável à vivida pelo Rio Grande do Sul, que sofreu com enchentes históricas em 2024.
“O plano de contingência terá o tamanho necessário para enfrentar a situação, com apoio aos exportadores e proteção da economia brasileira”, afirmou. Ele garantiu que as medidas respeitarão a meta fiscal prevista para o ano.
O ministro também defendeu a diversificação de mercados para reduzir a dependência das exportações aos EUA, alinhando-se ao discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Estamos trabalhando dentro da meta estabelecida para o ano”, reforçou.
A medida provisória com as ações emergenciais será enviada ao Congresso, cabendo aos bancos públicos regulamentar as linhas de crédito e demais instrumentos de apoio.
No campo político, Haddad criticou o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos articulando apoio contra o ministro do STF Alexandre de Moraes. “Não estou pedindo nada diferente de cumprir a lei”, disse, ao questionar o custeio do salário do parlamentar enquanto ele não exerce presencialmente o mandato no País.
