
Os governos do Brasil e da Colômbia firmaram um acordo para manter a isenção tarifária sobre automóveis brasileiros exportados ao país vizinho. O novo entendimento, com validade de um ano, garante que até 50 mil carros sejam vendidos anualmente com tarifas reduzidas, preservando a competitividade do setor automotivo nacional.
A medida reverte uma decisão unilateral da Colômbia, que em setembro havia anunciado o fim do acordo automotivo com o Brasil. Sem o entendimento, os veículos brasileiros estariam sujeitos a uma taxação de 16,1%, o que encareceria o produto e reduziria as exportações — a Colômbia é o terceiro maior destino de automóveis brasileiros no exterior.
“Durante o período de suspensão, Brasil e Colômbia deverão negociar um novo entendimento automotivo, com vistas a refletir os avanços tecnológicos e as novas políticas industriais de ambos os países”, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) em nota.
Encontro entre Lula e Petro selou acordo - A decisão foi firmada durante reunião bilateral entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Gustavo Petro, no dia 9 de setembro, em Manaus, durante a inauguração do Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia (CCPI Amazônia).
Segundo o MDIC, o documento que mantém a validade do acordo foi protocolado na Associação Latino-Americana de Integração (Aladi) na última sexta-feira (7).
“A decisão reforça a integração produtiva e a competitividade industrial na região, promovendo investimentos, inovação e sustentabilidade, além de demonstrar o valor do diálogo diplomático e da cooperação econômica regional”, destacou o ministério.
O novo prazo permite que Brasil e Colômbia renegociem o acordo automotivo em bases atualizadas, levando em conta as novas políticas industriais e ambientais de ambos os países e o avanço tecnológico da indústria de veículos.

