
O governo brasileiro concluiu negociações sanitárias com a Argentina para exportar ovos em pó para alimentação animal, bem como matérias-primas suínas e miúdos “in natura” ao país vizinho, anunciou o Ministério da Agricultura e Pecuária. Essas medidas consolidam a integração comercial entre os dois principais parceiros dentro do Mercosul, conforme destaca o ministério.

A Argentina, com mais de 45 milhões de habitantes, possui um mercado de produtos pet em expansão, o que gera crescente demanda por nutrição animal. Na cadeia suinícola, a abertura representa novas oportunidades para cortes menos consumidos no mercado interno brasileiro.
Em 2024, o Brasil exportou mais de US$1,5 bilhão em produtos agropecuários para a Argentina, com destaque para produtos agroflorestais, cacau e café — resultado do esforço conjunto entre o Ministério da Agricultura e o Itamaraty.
Do lado do Paraguai, foi concluída negociação fitossanitária para exportação de chia em grãos pelo Brasil, o que representa importante oportunidade para pequenos e médios produtores, especialmente em regiões como Centro-Oeste, oeste do Paraná e noroeste do Rio Grande do Sul. Em 2024, o Brasil exportou cerca de US$963 milhões em produtos agropecuários para o Paraguai.
Com essas duas liberações, o agronegócio brasileiro alcança 426 novos mercados abertos desde o início de 2023, consolidando o trabalho estratégico do Mapa e do MRE.
Argentina, além de uma forte parceira do Mercosul, ganha acesso a produtos-chave para sua indústria pet e suinícola. Esses setores devem receber insumos de alta qualidade com maior regularidade.
Paraguai amplia suas fontes de produtos como a chia, valorizando a produção regional e criando mercado para pequenos e médios agricultores.
Brasil, por sua vez, reforça sua vocação amplificadora no agronegócio regional, diversifica destinos e reitera sua força como fornecedor estratégico.
