As bolsas da Europa fecharam em alta nesta segunda-feira (1º), em um dia de liquidez limitada devido ao feriado do trabalho nos Estados Unidos. Apesar do volume reduzido de negociações, o avanço de dados econômicos e a expectativa em torno de decisões do Banco Central Europeu (BCE) movimentaram o mercado, que também segue atento à crise política na França.
O índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 0,23%, aos 551,43 pontos. Em Londres, o FTSE 100 teve alta de 0,10%, enquanto o DAX de Frankfurt avançou 0,51%. Em Paris, o CAC 40 fechou com leve alta de 0,05%. Já em Milão, o FTSE MIB subiu 0,51%. Em Lisboa, o PSI 20 teve alta de 0,65%, e em Madri, o Ibex 35 subiu 0,02%.
Cenário político francês gera cautela
A instabilidade política na França continua gerando apreensão nos mercados. A possibilidade de colapso do governo após a votação de confiança marcada para 8 de setembro acendeu alertas, embora não haja risco imediato de apoio financeiro do FMI.
Christine Lagarde, presidente do BCE, afirmou que "os riscos de queda de qualquer governo da zona do euro são preocupantes" e alertou sobre o aumento do risco-país francês. Ela defendeu a necessidade de controle das finanças públicas.
Dados econômicos trazem otimismo moderado
Por outro lado, indicadores divulgados nesta segunda indicam alguma recuperação econômica. O índice de gerentes de compras (PMI) industrial da zona do euro subiu para 50,7 em agosto, o maior nível em mais de três anos. Na Alemanha, o PMI industrial chegou a 49,8, aproximando-se da linha que separa retração e expansão.
A taxa de desemprego na zona do euro caiu para 6,2% em julho, retornando ao nível mais baixo já registrado. Para a consultoria Oxford Economics, a indústria europeia dá sinais de retomada no terceiro trimestre.
Destaques corporativos impulsionam índices
Algumas ações também contribuíram para o desempenho positivo. A farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk subiu 1,76% após divulgar que o medicamento Wegovy reduziu significativamente o risco de eventos cardiovasculares. Já a britânica BAE Systems avançou 1,91%, após fechar contrato de 10 bilhões de libras para a construção de navios militares para a Noruega.
