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ECONOMIA

Bolsas de NY fecham sem sinal único com avaliações sobre Fed e techs pressionadas

O índice Dow Jones fechou em alta de 0,13%, em 28.032,38 pontos, retomando a marca dos 28 mil pontos

16 setembro 2020 - 16h38
As bolsas de Nova York acompanharam os sinais mistos do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) ao longo dia, e tiveram muitas oscilações, fechando sem sinal único.
As bolsas de Nova York acompanharam os sinais mistos do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) ao longo dia, e tiveram muitas oscilações, fechando sem sinal único. - (Foto: Agência Brasil)
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As bolsas de Nova York acompanharam os sinais mistos do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) ao longo dia, e tiveram muitas oscilações, fechando sem sinal único. Com a decisão do banco e a promessa de estímulo econômico, houve impulso positivo, mas após a coletiva de imprensa do presidente do Fed, Jerome Powell, dizendo que alguns setores irão demorar mais tempo para se recuperar, a tendência foi de baixa.

O índice Dow Jones fechou em alta de 0,13%, em 28.032,38 pontos, retomando a marca dos 28 mil pontos. O S&P 500 recuou 0,46%, a 3.385,49 pontos, e o Nasdaq caiu 1,25%, a 11.050,47 pontos.

O comunicado do Fed sobre a decisão de política monetária foi "um pouco mais hawkish" que o esperado, na avaliação do economista-chefe da Capital Economics, Paul Ashworth. A reunião foi a última do Fed antes das eleições de novembro, e a primeira após o anúncio da mudança na política para inflação do BC.

Em relatório, Ashworth explica que a expectativa era de que o Fed explicitasse disposição em manter juros até que a meta de inflação fosse alcançada "de forma sustentável". "Mas, em vez disso, a inflação só precisa estar 'no caminho' para ultrapassar a meta por 'algum tempo'", destaca a análise. O economista acrescenta que, ainda assim, as projeções do Fed indicam que as taxas ficarão na faixa atual até, pelo menos, o fim de 2023.

A conclusão é parecida com a do ING, que não vê alterações na taxa básica de juros até 2024. A análise pontua que Powell deixou a porta aberta para possíveis novos estímulos, com mais relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês), embora tenha enfatizado que não é capaz de fomentar demanda. "Para isso, precisamos ver novos estímulos fiscais e Powell sugeriu, mais uma vez, que mais deve ser feito, mas isso não vai acontecer antes das eleições de 3 de novembro", acredita o ING.

Depois de uma recuperação nos últimos dois dias, após uma semana de grandes perdas, o setor de tecnologia voltou a registrar resultados negativos. As ações do Facebook caíram 3,27%, após o The Wall Street Journal reportar que a Comissão Federal de Comércio pode apresentar um possível projeto antitruste contra a empresa, o que poderia ameaçar a posição dominante da companhia.

Outras gigantes da tecnologia e comunicações seguiram as quedas. Apple teve baixa de 2,92% Alphabet registrou queda de 1,50%, a Amazon caiu 2,47% e a Microsoft recuou 1,79%.

Por outro lado, o setor de energia auxiliou na alta, em dia de ganhos fortes do petróleo. A Exxon Mobil registrou alta de 4,25%, e a Chevron avançou 2,96%.

*Com informações de Dow Jones Newswires.

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