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25 de novembro de 2025 - 13h51
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COMÉRCIO

Black Friday divide opiniões entre comerciantes na Capital

Previsto para esta sexta-feira, 28, evento ocorre na mesma data de pagamento do décimo terceiro e pode influenciar ritmo das vendas

25 novembro 2025 - 11h00Jamille Gomes e Maria Edite Vendas
Lojistas reforçam estoques e ajustam vitrines para aproveitar o aumento no fluxo de clientes esperado nesta Black Friday
Lojistas reforçam estoques e ajustam vitrines para aproveitar o aumento no fluxo de clientes esperado nesta Black Friday - (Foto: Jamille Gomes)
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No mês de novembro, as promoções que movimentam o comércio já são tradição, mas, neste ano, a Black Friday acontece no mesmo dia em que o 13º salário começa a ser pago, ampliando a renda disponível para consumo. Em Campo Grande, lojistas se dividem sobre os possíveis reflexos dessa coincidência no movimento do varejo.

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Segundo o gestor da loja Montreal Moda & Casa, Jairo Araújo, a coincidência do depósito e das promoções criou expectativas ainda maiores. "Como na sexta-feira provavelmente todos já vão receber a primeira parcela do décimo terceiro, principalmente quem trabalha no comércio, acredito que isso vai impactar positivamente’’. As projeções do gestor são de um aumento de quase 30% em relação ao mesmo período do ano passado.

Segundo Jairo a expectativa de crescimento das vendas é de 23% em relação ao ano anterior, com destaque para a área de eletrodomésticos, principalmente airfryers e ventiladores. (Foto: Jamille Gomes)

Tradição varejista de origem americana, a Black Friday migrou para o Brasil a pouco mais de dez anos e já virou um marco do mês de novembro em todo território nacional. Segundo levantamento da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande, no ano passado os comerciantes estimavam uma movimentação de R$ 90 milhões em vendas. Para 2025, a projeção é 5,5% maior.

Com toda essa expectativa, lojistas de todas as áreas já começaram as preparações para o ritmo acelerado de sexta-feira.‘’Nós estamos com uma expectativa maior do que nos últimos dois anos para essa black, por isso, acrescentamos produtos ao nosso estoque e já contratamos oito colaboradores para nos ajudar tanto no período que antecede a data quanto no próprio dia e na temporada de final de ano”, contou Jairo.

E não é só no ramo de eletrodomésticos que a esperança toma conta dos vendedores, as lojas de calçados e vestuário também estão preparadas para a data. A gerente da loja Anita Shoes do Shopping Pátio Central, Yasmin Danieli de Sadri, destaca que as mudanças não ficaram apenas no quadro de funcionários: ‘’Nós descemos praticamente 30% do nosso estoque. Também preparamos a equipe com mais uma contratação, então a loja está toda montada e nós estamos com muitas expectativas para essas vendas’’.

Para Yasmin a chegada do período natalino também tem impacto favorável nos lucros ‘’As pessoas aproveitam as oportunidades: preço, desconto, parcelamento, para as compras de Natal já’'. (Foto: Jamille Gomes)

Contudo, nem todos os comerciantes compartilham do mesmo positivismo, a gerente de análise da Mega Jeans, Ninfa Fernandes, evita criar grandes expectativas para a data. “Impacta um pouco por conta da economia atual e também porque parte do 13º já entrou em circulação. A expectativa é de crescimento, mas, com essa liberação antecipada, ficamos mais cautelosos. Naquele período, o aumento nas vendas foi evidente e isso nos gera preocupação, porque esse impulso inicial garantiu um bom movimento naquela ocasião, mas, quando chega a Black e depois dezembro, o ritmo já não se mantém.”

Essa desaceleração também preocupa a gerente da loja Mix Cosméticos, Debora Damasceno. ‘’Mesmo com várias ofertas e preços bem chamativos, com produtos realmente até 70% mais baratos, o movimento segue baixo, por isso não criamos uma projeção tão grande. Temos trabalhado ao longo de todo o mês, não só na semana da Black, para tentar elevar um pouco mais o desempenho. Mas, de modo geral, percebemos que o poder aquisitivo do pessoal deu uma diminuída.”

Os descontos vão de 20% até mais de 50% e marcam presença nas vitrines da região central de Campo Grande. (Foto: Jamille Gomes)

Além dos lucros

A campanha pode ir muito além do aumento de vendas para empreendedores como Edna Cristina, que inaugurou a pouco mais de quatro meses sua loja Garbo no Pátio Central. ‘’A Black é importante porque as pessoas podem conhecer a loja e os nossos produtos, tudo isso ajuda a consolidar nossa marca’’.

Edna destaca ainda como o público feminino movimenta o centro nessa época. “A mulher tem essa preferência por comprar presencialmente, elas gostam de experimentar o colar, ou os brincos, para ver se fica bom ou não, e no último mês esse movimento aumentou muito, isso ajuda bastante’’.

A preferência pelas compras em lojas físicas é uma tendência que volta a aparecer depois de dois anos dominados pelas compras onlines. Segundo dados divulgados pela plataforma Hora a Hora, em 2023 e 2024 mais de R$9,3 bilhões foram movimentados em transações no e-commerce. Mesmo com esse volume expressivo, muitos consumidores continuam preferindo ir até as lojas, especialmente o público feminino, que valoriza um contato mais direto com os produtos.

Nas lojas de cosméticos, mesmo com o atendimento nas redes sociais, a escolha de se deslocar ainda domina. “Nós ainda percebemos um certo receio por parte do público em relação ao WhatsApp. Eles sempre pedem foto, ficam na dúvida, mas buscamos atender da melhor forma possível, explicando sobre o produto, mesmo que seja por mensagem. Ainda assim, a maioria prefere vir à loja, sentir o cheiro do produto, olhar o rótulo, ter essa experiência mais sensorial”, relata Débora.

MS registra maior procura no centro da Capital

Em Mato Grosso do Sul, o centro de Campo Grande ocupa a primeira posição entre os lugares com expectativa de vendas, segundo dados divulgados pela Fecomércio, 43% das pessoas que pretendem comprar durante a Black Friday tem a parte central como primeira opção. Com um gasto médio de aproximadamente R$ 500 os compradores estão focados em aquisições para o trabalho, e em eletrônicos, juntas essas duas categorias somam mais de 40% das intenções de compra. Dessa forma, a expectativa é de que 354 milhões sejam movimentados no comércio estadual.

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