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19 de novembro de 2025 - 20h05
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ECONOMIA

Comércio deve movimentar R$ 5,4 bilhões na Black Friday 2025, aponta CNC

Data se consolida como a quinta mais importante do varejo; descontos e golpes também preocupam

19 novembro 2025 - 17h20
O comércio deve receber volume recorde de R$ 5,4 bilhões com a Black Friday deste ano
O comércio deve receber volume recorde de R$ 5,4 bilhões com a Black Friday deste ano - Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

A Black Friday 2025 promete bater recorde de vendas no Brasil. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) projeta um volume de R$ 5,4 bilhões em faturamento ao longo do mês de novembro, o maior desde que a data passou a ser monitorada. A estimativa representa um crescimento de 2,4% em relação ao ano passado, já descontada a inflação.

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Apesar de seu nome remeter a um único dia, a Black Friday brasileira já se consolidou como uma temporada de promoções que se estende por semanas. “Isso é uma característica da Black Friday brasileira”, afirma o economista-chefe da CNC, Fabio Bentes.

A maior movimentação deve ocorrer em cinco segmentos principais:

Hiper e supermercados: R$ 1,32 bilhão

Eletroeletrônicos e utilidades domésticas: R$ 1,24 bilhão

Móveis e eletrodomésticos: R$ 1,15 bilhão

Vestuário, calçados e acessórios: R$ 950 milhões

Farmácias, perfumarias e cosméticos: R$ 380 milhões

Ao todo, a Black Friday é considerada hoje a quinta data mais relevante para o varejo nacional, atrás apenas do Natal, Dia das Mães, Dia das Crianças e Dia dos Pais.

O que impulsiona o consumo - Entre os fatores que favorecem esse desempenho recorde estão a valorização do real frente ao dólar, que barateia produtos importados, o recuo da inflação e a melhora dos indicadores de emprego e renda. A taxa de desemprego no país está em 5,6%, o menor índice desde o início da série histórica do IBGE, iniciada em 2002.

Mesmo com o cenário positivo, o crescimento nas vendas poderia ser ainda maior. A CNC aponta entraves como a alta taxa de juros que atualmente está em 58,3% ao ano nas operações de crédito livre para pessoas físicas e o elevado índice de endividamento das famílias. Uma pesquisa da própria CNC revela que 30,5% das famílias brasileiras estão com contas em atraso. Outro desafio é a concorrência com o comércio exterior, com muitos consumidores optando por compras em sites internacionais, atraídos por preços competitivos.

A CNC monitorou diariamente os preços de 150 itens em 30 categorias para avaliar o real potencial de desconto. Em 70% dos casos, os preços já apresentavam tendência de queda acima de 5%. As maiores reduções foram registradas em:

- Papelaria: 10,14%

- Livros: 9,02%

- Joias e bijuterias: 9,01%

- Perfumaria: 8,20%

- Utilidades domésticas: 8,18%

- Higiene pessoal: 8,11%

- Moda: 7,82%

Riscos: golpes digitais e inteligência artificial - Com o aumento do apelo comercial, também crescem os riscos de fraudes. A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) alerta para a presença de falsos descontos, sites inseguros e perfis falsos. Um levantamento do site Reclame Aqui mostra que 63% dos consumidores não conseguem identificar golpes envolvendo inteligência artificial.

Entre os sinais de alerta estão:

- Anúncios com vozes ou vídeos de celebridades em contextos inusitados

- Perfis novos e sem histórico nas redes sociais

- Erros sutis em textos promocionais ou imagens distorcidas

- Sites que simulam atendentes humanos, mas respondem de forma genérica

Para evitar problemas, a Senacon recomenda que o consumidor verifique a reputação da loja, desconfie de preços muito baixos, confira os prazos de entrega e utilize apenas sites com segurança (https e cadeado no navegador). Compras online têm direito a arrependimento em até sete dias, com reembolso integral.

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