
A atividade econômica do Centro-Oeste brasileiro recuou 2,2% em outubro na comparação com setembro, segundo dados do Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR), divulgados nesta sexta-feira (26) pelo Banco Central. O indicador é calculado com ajuste sazonal e serve como uma prévia do desempenho do Produto Interno Bruto (PIB).
O resultado coloca o Centro-Oeste como a região com a maior retração no período analisado. O movimento acompanha um cenário de desaceleração observado em outras partes do país. Além do Centro-Oeste, o Sul registrou queda de 0,6% e o Sudeste recuou 0,1% no mesmo intervalo.
Na direção oposta, duas regiões apresentaram crescimento. O Norte teve alta de 0,5%, enquanto o Nordeste avançou 0,1%, indicando comportamento mais estável da atividade econômica nessas áreas no mês de outubro.
Entre os 13 estados monitorados pelo Banco Central, sete apresentaram crescimento, cinco registraram queda e um manteve estabilidade. Goiás foi o destaque positivo, com expansão de 2,7%, desempenho que ajudou a atenuar, parcialmente, o resultado negativo do Centro-Oeste como um todo.
Também tiveram crescimento Rio de Janeiro (2,2%), Bahia (1,0%), Ceará (0,6%), Amazonas (0,5%), Minas Gerais (0,5%) e Pernambuco (0,2%).
Já as maiores retrações foram observadas no Rio Grande do Sul, que caiu 2,2%, seguido por Pará (-0,8%) e São Paulo (-0,8%). Espírito Santo (-0,5%) e Santa Catarina (-0,1%) também apresentaram resultado negativo. O Paraná foi o único estado a registrar estabilidade, com variação de 0,0%.
O IBCR é utilizado pelo mercado e por analistas como um termômetro mensal da atividade econômica, antecipando movimentos do PIB, embora não o substitua oficialmente. O recuo expressivo do Centro-Oeste chama atenção por envolver uma região fortemente ligada ao agronegócio e à produção de commodities, setores que costumam ter peso relevante no desempenho econômico nacional.
Os dados reforçam a leitura de um cenário econômico ainda marcado por oscilações regionais, com crescimento concentrado em alguns estados e perda de fôlego em outros, especialmente nos grandes centros produtivos.

