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POLITICA FISCAL

Arthur Lira descarta incluir gastos com saúde e educação no projeto de isenção do Imposto de Renda

Relator do projeto explicou que, apesar dos estudos, a proposta não beneficiaria o público-alvo e não abordou renúncia tributária nas áreas de saúde e educação

12 agosto 2025 - 16h35Pepita Ortega
Arthur Lira explica decisão de não incluir gastos com saúde e educação no projeto de isenção do Imposto de Renda, destacando a importância do foco na classe média.
Arthur Lira explica decisão de não incluir gastos com saúde e educação no projeto de isenção do Imposto de Renda, destacando a importância do foco na classe média. - Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados
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O relator do projeto de lei (PL) que amplia a isenção do Imposto de Renda, deputado Arthur Lira (PP-AL), indicou nesta terça-feira, 12, que sua equipe chegou a realizar estudos sobre a possibilidade de incluir gastos com saúde e educação no projeto. No entanto, Lira descartou tratar do tema no texto discutido na Comissão Especial no primeiro semestre, alegando que o "público-alvo não seria o ideal" para essa mudança.

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A indicação foi feita após uma ponderação do deputado Zacarias Calil (União-GO), da Frente Parlamentar Mista da Saúde, durante um almoço promovido pela Frente Parlamentar do Empreendedorismo, em que Lira estava presente.

O deputado Calil expressou preocupação com os impactos do projeto no setor da saúde e questionou se haveria possibilidade de mudanças nos tratamentos fiscais para gastos com saúde e educação.

Lira esclareceu que sua equipe fez estudos sobre esses gastos, que totalizam cerca de R$ 35 bilhões por ano, além de questões envolvendo o ressarcimento de despesas, destacando que, no setor de educação, há um limite para o ressarcimento, enquanto na saúde não há tal restrição.

No entanto, o ex-presidente da Câmara explicou que a proposta de ampliar a isenção do Imposto de Renda tem como objetivo beneficiar a classe média, não os mais ricos. Ele observou que, ao buscar esse público, a questão do ressarcimento recairia sobre quem ganha entre R$ 20 e 50 mil, o que, segundo Lira, não seria o público-alvo ideal. Como resultado, a proposta não contemplou a renúncia tributária para os gastos com saúde e educação.

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