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22 de dezembro de 2025 - 23h41
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ECONOMIA

Arrecadação federal bate recorde em novembro e soma R$ 226,7 bilhões

Receita Federal aponta alta real de 3,75% no mês e melhor resultado da história para o acumulado do ano

22 dezembro 2025 - 21h45Agência Brasil
Arrecadação federal bateu recorde histórico para o mês de novembro, segundo a Receita Federal.
Arrecadação federal bateu recorde histórico para o mês de novembro, segundo a Receita Federal. - (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A arrecadação da União com impostos e outras receitas atingiu R$ 226,75 bilhões em novembro, o maior valor já registrado para o mês, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (22) pela Receita Federal. Na comparação com novembro de 2024, o resultado representa um crescimento real de 3,75%, já descontada a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

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O desempenho também é recorde no acumulado de janeiro a novembro, período em que a arrecadação federal alcançou R$ 2,59 trilhões, com alta real de 3,25% em relação ao mesmo intervalo do ano anterior. As informações completas estão disponíveis no site da Receita Federal.

Os números englobam a arrecadação de tributos federais como Imposto de Renda (IR) de pessoas físicas e jurídicas, contribuições previdenciárias, IPI, IOF, PIS/Cofins, entre outros. Também entram no cálculo receitas com royalties e depósitos judiciais, ainda que não sejam diretamente administradas pela Receita.

Considerando apenas as receitas administradas pelo órgão, o total arrecadado em novembro foi de R$ 214,39 bilhões, com crescimento real de 1,06%. No acumulado do ano, essas receitas somaram R$ 2,47 trilhões, o que representa alta real de 3,9%.

A Receita ressalta que a comparação do acumulado de janeiro a novembro é impactada por eventos não recorrentes e mudanças legislativas ocorridas em 2024, que não se repetiram em 2025. No ano passado, houve recolhimento extraordinário de R$ 13 bilhões de IRRF sobre rendimentos de capital, relacionado à tributação de fundos exclusivos, o que não ocorreu neste ano.

Também foi registrada arrecadação atípica de IRPJ e CSLL em 2024, no valor de R$ 4 bilhões entre janeiro e novembro. Em 2025, esse recolhimento adicional caiu para R$ 3 bilhões. Segundo a Receita Federal, desconsiderando esses pagamentos extraordinários, a arrecadação teria apresentado crescimento real de 4,51% no período.

O desempenho positivo foi impulsionado por fatores macroeconômicos, como o crescimento do setor de serviços, o aumento da arrecadação previdenciária em razão da expansão da massa salarial e a elevação de receitas ligadas ao IOF e ao PIS/Cofins.

O IOF somou R$ 77,55 bilhões de janeiro a novembro, registrando alta de 19,88% na comparação anual. De acordo com a Receita, o resultado reflete principalmente operações relacionadas à saída de moeda estrangeira, crédito para pessoas jurídicas e títulos mobiliários, influenciadas por alterações legislativas. Em junho, o governo elevou a cobrança do imposto em algumas operações de crédito por meio de decreto, posteriormente derrubado.

Outro destaque foi a arrecadação sobre comércio exterior, que cresceu 11,01% em termos reais, e sobre rendimentos de residentes no exterior, com alta de 15,39%. Essa rubrica inclui receitas com royalties, rendimentos do trabalho e Juros sobre Capital Próprio (JCP).

O PIS/Cofins arrecadou R$ 528,85 bilhões no acumulado do ano, com crescimento de 2,79%, influenciado pela regulamentação das apostas online (bets), em vigor desde 2025. Apenas a arrecadação das casas de apostas virtuais saltou mais de 14.000%, passando de R$ 62 milhões para R$ 8,82 bilhões.

Apesar dos recordes, a Receita aponta sinais de desaceleração da atividade econômica. A arrecadação com IRPJ e CSLL cresceu apenas 1,44%, enquanto o IPI avançou 0,57%, refletindo o desempenho praticamente estável da indústria.

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