
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira (3) que a Apple está trazendo parte de sua produção de volta ao território americano, acompanhada por um volume expressivo de investimentos no país. A declaração foi feita durante um jantar reservado com os principais CEOs do setor de tecnologia na Casa Branca.

“Eles estavam produzindo em outros lugares e agora estão voltando para casa, com investimentos gigantescos”, disse Trump, ao destacar a mudança na estratégia da Apple como reflexo direto das políticas econômicas adotadas durante sua gestão.
O encontro reuniu nomes de peso da indústria, incluindo o CEO da Apple, Tim Cook, e o presidente da Microsoft, Bill Gates. Durante o jantar, Tim Cook agradeceu pessoalmente ao presidente por criar um ambiente propício para que empresas americanas expandissem seus investimentos domésticos. “Agradeço pelo tom que o senhor deu, que permitiu à Apple realizar grandes investimentos nos Estados Unidos”, afirmou o executivo, que também elogiou os esforços do governo em apoiar companhias americanas em sua atuação global.
Bill Gates também não economizou nos elogios à administração republicana. O fundador da Microsoft classificou o trabalho de Trump como “incrível”, em um sinal de sintonia entre o setor tecnológico e a Casa Branca.
Ainda no encontro, Trump mencionou o desempenho recente das ações da Alphabet, controladora do Google, que subiram 9,14% na última quarta-feira. A valorização ocorreu após a Justiça dos Estados Unidos decidir que a empresa não precisará ser dividida, encerrando um processo que poderia ter desmembrado a gigante de tecnologia. “As ações da Google tiveram um dia incrível ontem”, comentou o presidente.
Trump aproveitou o momento para reforçar a liderança dos EUA sobre a China no campo da tecnologia. Sem apresentar detalhes, afirmou que os Estados Unidos mantêm uma ampla vantagem sobre os concorrentes chineses e que pretende impor tarifas significativas sobre chips eletrônicos em breve.
Embora o jantar tenha sido pautado por cordialidade e trocas de elogios, o tom político e estratégico da reunião evidencia a tentativa do presidente de fortalecer sua imagem junto às big techs, num momento em que questões como regulação, segurança de dados e competitividade global seguem no centro das discussões.
