
As contas de luz vão ficar mais caras em outubro. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou nesta sexta-feira (26) que a bandeira vermelha patamar 1 será aplicada no próximo mês, com acréscimo de R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

A decisão representa uma redução em relação a agosto e setembro, quando vigorou a bandeira vermelha patamar 2, a mais cara do sistema.
Segundo a Aneel, a escolha pela bandeira vermelha 1 está relacionada ao baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas, resultado do volume reduzido de chuvas. Com a escassez hídrica, é necessário acionar usinas termelétricas, que têm custos mais altos de operação.
Por que a conta sobe?
De acordo com a agência reguladora, o acionamento de termelétricas se torna indispensável em períodos de baixa geração hídrica e de intermitência da energia solar. “A fonte solar de geração é intermitente e não injeta energia no sistema o dia inteiro. Por essa razão, é necessário o acionamento das termelétricas para garantir o fornecimento, especialmente no horário de ponta”, destacou a Aneel.
Entenda o sistema de bandeiras
Criado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias da Aneel foi desenvolvido para repassar ao consumidor os custos adicionais da geração de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN).
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Bandeira verde: não há cobrança extra.
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Bandeira amarela: custo adicional moderado.
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Bandeira vermelha patamar 1 e 2: indicam custos mais altos, com sobretaxa crescente a cada 100 kWh.
Na prática, as bandeiras funcionam como um alerta sobre a situação da matriz energética brasileira, sinalizando períodos de maior pressão sobre os preços de geração e consumo.
