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ENERGIA ELÉTRICA

Aneel avaliza renovação de concessões e inclui EMS entre distribuidoras aprovadas

Agência autoriza prorrogação por 30 anos e coloca Energisa MS entre as empresas com contrato mais rígido e foco no consumidor

31 dezembro 2025 - 13h45Renan Monteiro
Energisa Mato Grosso do Sul está entre as distribuidoras com renovação de concessão aprovada pela Aneel.
Energisa Mato Grosso do Sul está entre as distribuidoras com renovação de concessão aprovada pela Aneel. - foto: Reprodução/Energisa

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) encerra 2025 com sinal verde para a renovação contratual de 17 distribuidoras de energia elétrica em todo o país. Entre elas está a Energisa Mato Grosso do Sul Distribuidora de Energia (EMS), responsável pelo atendimento em território sul-mato-grossense. Os novos contratos preveem prorrogação por mais 30 anos e passam a valer sob regras consideradas mais rigorosas, com maior peso para a qualidade do serviço e a satisfação dos consumidores.

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Os processos de renovação foram analisados e votados ao longo do ano pela diretoria colegiada da Aneel, todos com recomendação favorável. O atual ciclo de concessões envolve 19 distribuidoras cujos contratos vencem entre 2025 e 2031. A antecipação dos pedidos só foi possível após a edição de um decreto federal, publicado em julho de 2024, que permitiu às empresas solicitarem a prorrogação antes do fim do prazo contratual.

Somadas, as 17 distribuidoras já aprovadas atendem cerca de 47 milhões de unidades consumidoras em diferentes estados brasileiros. Cada unidade corresponde a uma residência, comércio, indústria ou serviço público, o que amplia significativamente o impacto das decisões tomadas pela agência reguladora.

No caso de Mato Grosso do Sul, a EMS passa a operar sob um contrato que amplia as exigências técnicas e operacionais. Entre os pontos previstos estão ações para aumentar a resiliência da rede de distribuição diante de eventos climáticos extremos, além de mecanismos que reforçam o monitoramento da qualidade do fornecimento de energia no estado.

O novo modelo contratual também atribui maior relevância à avaliação dos consumidores. Caso haja insatisfação recorrente com o serviço prestado, o contrato prevê medidas mais duras, que podem chegar, em último caso, à substituição da concessionária responsável pela distribuição de energia.

Outro ponto que afeta diretamente a realidade sul-mato-grossense é a obrigação de criação de planos específicos para o enfrentamento das chamadas perdas não técnicas, como furtos e ligações irregulares. A exigência vale especialmente para as Áreas de Severa Restrição Operativa (ASRO), regiões onde as distribuidoras enfrentam dificuldades para realizar manutenção, cobrar débitos e garantir o fornecimento regular de energia.

Além da EMS, outras distribuidoras de grande porte também receberam o aval da Aneel para a renovação. Estão na lista empresas como CPFL Paulista e CPFL Piratininga, Coelba (Bahia), Cosern (Rio Grande do Norte), Neoenergia Pernambuco, Equatorial Pará e Maranhão, Light (Rio de Janeiro), além de distribuidoras do grupo Energisa em estados como Mato Grosso, Paraíba e Sergipe.

Apesar do avanço nas renovações, duas concessões ainda aguardam análise final da diretoria colegiada: Enel Distribuição São Paulo e Enel Distribuição Ceará (Coelce). A situação da Enel em São Paulo ganhou destaque após declarações do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que afirmou que a empresa teria perdido as condições de seguir à frente da distribuição no estado e anunciou que acionaria a Aneel para abertura de um processo de caducidade.

O diretor-geral da agência, Sandoval Feitosa, informou que a análise técnica sobre a Enel São Paulo segue em andamento. Segundo ele, a recomendação de caducidade poderá ocorrer caso sejam confirmadas irregularidades apontadas em termo de intimação, independentemente do pedido de renovação contratual apresentado pela empresa.

A Aneel destaca que o novo formato de concessão busca fortalecer o papel do consumidor, aumentar a transparência e exigir respostas mais rápidas das distribuidoras diante de falhas no serviço. Para estados como Mato Grosso do Sul, a expectativa é de que o contrato mais rígido se traduza em maior estabilidade no fornecimento e melhorias graduais na rede de distribuição.

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