O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, avaliou nesta sexta-feira (26) que o Brasil poderá ter de aumentar gradualmente as metas de superávit primário para frear o crescimento da dívida pública. A declaração foi feita durante o IV Encontro Anual do Centro de Gestão e Políticas Públicas (CGPP) do Insper, em São Paulo.
Segundo Alckmin, seria necessário atingir 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em superávit primário anual para garantir a estabilidade da dívida.
“O ano que vem, a meta é 0,25% do PIB de superávit. Talvez tenha que no futuro ir mais depressa. Pular do 0,25% para 1% de superávit, depois pular para 2%. Quando chegar nos 2,5%, segurou a dívida”, afirmou.
Ajuste fiscal
O vice-presidente destacou a importância de revisar gastos públicos e buscar maior eficiência das despesas. Ele também ressaltou que o equilíbrio das contas pode vir do lado das receitas, especialmente com medidas de combate à sonegação e aperfeiçoamento da arrecadação tributária.
“Isso é matemática, não é ser de esquerda ou direita. É saber fazer as contas e talvez fazer as duas coisas: combater sonegação, aumentar receita e de outro lado, reavaliar gasto público”, completou.
A fala de Alckmin ocorre em meio às discussões sobre o ritmo de cumprimento do novo arcabouço fiscal e a preocupação com a trajetória da dívida pública, que pressiona o debate político e econômico no governo.
