
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou nesta segunda-feira (15) que o Brasil deve atingir um recorde histórico de US$ 345 bilhões em exportações em 2025. Segundo ele, a corrente de comércio do País — soma de exportações e importações — também deverá alcançar o maior patamar já registrado, com US$ 629 bilhões.
A declaração foi feita ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante evento em Brasília que celebrou a abertura de 500 novos mercados internacionais para produtos brasileiros entre 2023 e 2025, além da inauguração da sede própria da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).
“Nós vamos bater, presidente, este ano, recorde, mesmo com o mundo crescendo menos e com preços menores”, afirmou Alckmin durante o discurso, ao destacar o desempenho do comércio exterior brasileiro em um cenário internacional considerado mais desafiador.
O vice-presidente atribuiu os resultados à retomada da diplomacia comercial e à ampliação dos acordos internacionais firmados pelo País. Ele citou avanços nas negociações do Mercosul com a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA) e com Cingapura, além da expectativa em torno do acordo entre o bloco sul-americano e a União Europeia.
Segundo Alckmin, o entendimento com a União Europeia deve ser concluído nos próximos dias e representa um passo importante para ampliar o acesso de produtos brasileiros a mercados estratégicos. Para ele, o fortalecimento desses acordos amplia a competitividade do Brasil e diversifica os destinos das exportações.
Outro fator apontado como decisivo para o crescimento do setor é a reforma tributária. De acordo com o ministro, o novo modelo vai desonerar as exportações, reduzindo custos e criando um ambiente mais favorável para a expansão das vendas externas nos próximos anos.
Alckmin também mencionou as negociações comerciais com os Estados Unidos. Segundo ele, o diálogo com o governo norte-americano resultou na redução do número de produtos brasileiros submetidos a tarifas, mas o esforço diplomático continua para ampliar ainda mais o acesso ao mercado americano.
Para o governo federal, os números projetados reforçam a estratégia de utilizar o comércio exterior como motor do crescimento econômico, com foco na abertura de mercados, na agregação de valor aos produtos nacionais e no fortalecimento da indústria brasileira.

