
O vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, tem se reunido com mais de 120 líderes empresariais no contexto do comitê criado pelo governo federal para discutir as tarifas de 50% anunciadas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. O objetivo dos encontros é reunir dados técnicos, alinhar posições e elaborar uma reação coordenada à medida protecionista implementada pela administração de Donald Trump.

A primeira reunião do grupo foi realizada há uma semana e, desde então, o comitê realizou 12 encontros em quatro dias de rodadas oficiais. Entre os participantes estão executivos de grandes empresas, presidentes de entidades setoriais e dirigentes de federações da indústria. O governo busca, com essas reuniões, criar uma resposta eficaz à decisão dos EUA e entender os impactos da medida sobre diversos setores econômicos.
Setores estratégicos e participação de grandes empresas
Diversos setores estratégicos têm sido representados nos encontros, incluindo agronegócio, siderurgia, automotivo, mineração, tecnologia e têxtil. Empresas de peso, como Embraer, Suzano, JBS, Weg, Citrosuco, Visa, Apple, Google, Meta, John Deere, Coca-Cola, Bridgestone e General Motors, além de empresas de médio porte com grande relevância no comércio internacional, participaram das reuniões.
Do ponto de vista institucional, o comitê contou com a presença de lideranças da Confederação Nacional da Indústria (CNI), da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), da Associação Brasileira das Indústrias de Pescado (Abipesca), da Associação Brasileira da Indústria de Semicondutores (Abisemi) e da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).
Objetivo do comitê: reverter tarifas e criar estratégia de resposta
O comitê de Alckmin atua em paralelo às articulações diplomáticas conduzidas pelo Executivo, com a expectativa de consolidar um diagnóstico preciso sobre os impactos das tarifas impostas pelos EUA e elaborar uma estratégia coordenada para reverter a medida. Além disso, o governo também busca construir uma resposta que poderá incluir retaliações e um plano de socorro econômico para os setores mais afetados pela decisão norte-americana.
O governo brasileiro tem trabalhado para reagir de forma rápida e eficaz à ofensiva protecionista dos Estados Unidos, buscando alternativas para minimizar os danos econômicos e preservar os interesses nacionais.
