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ECONOMIA

Comissão Europeia confirma que aprovação do acordo Mercosul-UE depende de votação interna no bloco

Olof Gill, porta-voz de Comércio da Comissão Europeia, afirma que as pendências para o avanço do acordo estão no lado europeu e destaca resistência da França.

6 agosto 2025 - 13h35Pedro Lima
A Comissão Europeia confirmou que a única pendência para o avanço do acordo Mercosul-UE está no lado europeu e que a França lidera a resistência ao tratado. A aprovação depende da votação interna nos países membros da UE
A Comissão Europeia confirmou que a única pendência para o avanço do acordo Mercosul-UE está no lado europeu e que a França lidera a resistência ao tratado. A aprovação depende da votação interna nos países membros da UE - Foto: Reprodução

O acordo entre a União Europeia (UE) e o Mercosul está mais perto de ser aprovado, mas ainda há uma pendência do lado europeu, segundo Olof Gill, porta-voz de Comércio da Comissão Europeia. Durante declaração à Broadcast, Gill afirmou que a UE apresentará o acordo a todos os países-membros nas próximas semanas, mas que a votação e aprovação levarão "alguns meses".

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Papel da França e modificações no texto
Gill explicou que o atraso no processo ocorre porque, atualmente, o foco comercial da UE está voltado para tarifas comerciais com os Estados Unidos. Além disso, o texto que será apresentado aos países da UE será o mesmo acordado em dezembro de 2024, já aprovado pelos membros do Mercosul, com uma única modificação: o acréscimo de "maiores medidas de proteção aos consumidores da UE e aos fazendeiros da França".

Segundo fontes do bloco europeu, a França tem sido uma das principais vozes de resistência ao acordo e pressionou por alterações no documento, algo que foi confirmado por Gill. No entanto, o porta-voz acredita que a maioria dos países da UE aceitará as modificações e o texto final.

Benefícios e perspectivas
Olof Gill destacou que os benefícios para a UE com o acordo com o Mercosul são significativos, especialmente no que se refere ao acesso ao mercado sul-americano e ao fortalecimento das relações comerciais. No entanto, ele minimizou o impacto de interesses manifestados por outros países, como Canadá, em firmar um acordo com o bloco sul-americano, não acreditando que isso acelerará a conclusão e votação do tratado com os europeus.

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