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25 de novembro de 2025 - 21h26
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CINEMA

Wagner Moura destaca clássicos brasileiros em seleção para a Criterion nos EUA

Ator participa de quadro sobre filmes favoritos e exalta Glauber Rocha, Hector Babenco e Mário Peixoto

25 novembro 2025 - 20h00Leonardo Neto
Wagner Moura durante gravação do quadro Closet Picks, em que destaca clássicos do cinema brasileiro e latino-americano.
Wagner Moura durante gravação do quadro Closet Picks, em que destaca clássicos do cinema brasileiro e latino-americano. - (Foto: Criterion/YouTube)
Terça da Carne

O ator Wagner Moura participou nesta semana do tradicional quadro Closet Picks, promovido pela Criterion Collection, distribuidora de filmes clássicos e cultuada nos Estados Unidos. Durante o vídeo, gravado dentro do lendário “closet” da empresa, Moura indicou seus filmes favoritos e fez questão de destacar importantes obras do cinema brasileiro.

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Logo de início, o ator, que foi pré-indicado ao Oscar por sua atuação em O Agente Secreto, escolheu Deus e o Diabo na Terra do Sol, de Glauber Rocha. “Este é um dos filmes brasileiros mais importantes de todos os tempos”, afirmou. “É um filme cheio de comentários sociais e muito bonito. É o filme que tem o cartaz mais bonito de todos os tempos, na minha opinião”, completou, elogiando ainda a atuação de Othon Bastos, que interpreta Corisco.

A seguir, Moura escolheu o italiano O Emprego, de Ermanno Olmi. “Eu gosto muito de filmes com personagens da classe trabalhadora. Eu simplesmente adoro esse filme”, afirmou, revelando afinidade com temáticas sociais e realistas, uma constante também em sua carreira como ator e diretor.

Outro destaque da sua seleção foi o box World Cinema Project, organizado pelo diretor Martin Scorsese e distribuído pela Criterion. Dentro da coletânea, Moura destacou Pixote, de Hector Babenco, e relembrou seu trabalho com o cineasta em Carandiru. “Este é um clássico no Brasil”, comentou.

Moura também apontou como essencial o filme Limite, de Mário Peixoto. “É um filme experimental, lindo e muito tocante”, descreveu, mostrando o apreço por obras fora do eixo tradicional do cinema narrativo. Limite, realizado em 1931, é uma referência cult no cinema brasileiro e mundial.

Da filmografia latino-americana, o ator escolheu Memórias do Subdesenvolvimento, do cubano Tomás Gutiérrez Alea. “Eu nem posso contar pra vocês o que eu senti quando assisti a este filme”, comentou, sugerindo uma relação pessoal profunda com a obra.

Para encerrar sua lista, Wagner Moura indicou dois filmes dos irmãos belgas Dardenne: Rosetta e O Garoto da Bicicleta. “Esses caras são os meus cineastas favoritos no mundo porque eles conseguem falar sobre os jovens de uma maneira que eu nunca vi ninguém fazer”, disse, emocionado.

O quadro Closet Picks já recebeu nomes como Guillermo del Toro, Wes Anderson, Bong Joon-ho, entre outros. A presença de Wagner Moura na série reforça a crescente visibilidade do cinema brasileiro em espaços internacionais de prestígio.

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