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09 de novembro de 2025 - 23h26
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ENTRETENIMENTO

Como Tremembé virou o presídio dos criminosos mais famosos do Brasil

Série do Prime Video revela bastidores da penitenciária que abriga nomes como Suzane von Richthofen e Elize Matsunaga

9 novembro 2025 - 20h45
Série 'Tremembé', inspirada em livros de Ullisses Campbell, mostra por dentro do 'presídio dos famosos'
Série 'Tremembé', inspirada em livros de Ullisses Campbell, mostra por dentro do 'presídio dos famosos' - (Foto: Stella Carvalho/Divulgação)

Desde 31 de outubro, a série Tremembé, disponível no Prime Video, vem chamando atenção ao retratar a rotina e as histórias de detentos notórios do sistema prisional paulista. A produção mostra como a Penitenciária Doutor José Augusto César Salgado — a famosa P2 de Tremembé — se transformou no destino dos criminosos mais midiáticos do país, entre eles Suzane von Richthofen, Elize Matsunaga e Alexandre Nardoni.

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Localizado no interior de São Paulo, o complexo prisional é composto por cinco unidades — três masculinas e duas femininas — e ficou conhecido por receber réus condenados por crimes de grande repercussão, especialmente aqueles praticados contra familiares. A justificativa para essa escolha está na segurança dos próprios detentos, que correm risco de vida em presídios comuns.

De Carandiru à segurança especial - A transformação de Tremembé em “presídio dos famosos” teve início em 2002, após a desativação do Complexo do Carandiru. Sem a ala de segurança diferenciada daquele presídio, a Secretaria da Administração Penitenciária de São Paulo (SAP-SP) precisou designar um novo local que garantisse a integridade física de presos com alto nível de exposição pública.

“Essas pessoas cometeram atos tão brutais que elas não sobreviveriam em uma penitenciária comum”, explica o jornalista Ullisses Campbell, autor dos livros que inspiraram a série.

Bastidores e perfis - Em entrevista ao Estadão, Campbell destacou que o perfil dos presos de Tremembé é marcado por crimes cometidos contra membros da própria família. “O maior perfil de Tremembé é ser um lugar que concentra pessoas que cometeram crimes brutais contra a vida de pessoas da própria família”, afirmou.

O autor é responsável por cinco obras que exploram o universo carcerário, com foco em criminosos de forte apelo midiático. Entre os títulos estão: Suzane: Assassina e Manipuladora, Elize Matsunaga: A Mulher que Esquartejou o Marido, Flordelis: A Pastora do Diabo e Francisco de Assis: O Maníaco do Parque.

Produção com olhar jornalístico - A série Tremembé tem direção-geral de Vera Egito e roteiro assinado em parceria com Campbell, além das roteiristas Juliana Rosenthal, Thays Berbe e Maria Isabel Iorio. A produção é baseada especialmente nos livros sobre Suzane von Richthofen e Elize Matsunaga, revelando não só os crimes, mas também o cotidiano dentro do presídio.

Segundo a equipe criativa, o projeto pretende oferecer um retrato documental e dramatizado, com olhar mais humano e crítico sobre os bastidores do sistema prisional brasileiro, e o peso que a fama — mesmo negativa — pode ter entre as grades.

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