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Tate McRae no Lollapalooza: mais do que um hit do TikTok, uma estrela em formação

Com muita dança, simpatia e um bom punhado de carisma, canadense mostra que não é só viral: é pop em construção

29 março 2025 - 20h17
Lollapalooza: Com muita dança, Tate McRae mostra que é mais do que um hit de TikTok
Lollapalooza: Com muita dança, Tate McRae mostra que é mais do que um hit de TikTok

Muita gente no Lollapalooza 2025 só percebeu quem era Tate McRae quando começou a tocar Greedy, o grande hit que estourou no TikTok em 2023. Mas, antes disso, ela já tinha avisado — não com palavras, mas com o corpo: tem mais coisa aqui do que uma música que bombou na internet.

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A canadense de 21 anos subiu ao Palco Budweiser no começo da noite de sábado (29), com um figurino chamativo — corset e short de oncinha — e acompanhada por seis dançarinos. Começou com Sports Car, uma música dançante, cantada em tom suave, com uma coreografia cheia de viradas, poses e braços sincronizados. Era só o começo.

Ela dança. E dança mesmo. - Tate começou a carreira como bailarina. Quando tinha 12 anos, participou da versão canadense do reality So You Think You Can Dance. Isso explica muito do show: a coreografia é parte central. Em várias músicas, como 2 Hands e Uh Oh, ela faz pausas no canto para entregar sequências de dança que lembram clipes ao vivo. É o tipo de performance que não pede grandes falas — o corpo faz o trabalho.

O canto fica em segundo plano às vezes, sim. Quando ela para de cantar para dançar, a base da música segue tocando com a voz dela gravada. Isso é comum em muitos shows pop, mas pode causar estranhamento para quem espera um vocal mais cru. Ainda assim, Tate canta ao vivo em boa parte do tempo e mostra que tem voz. Lembra um pouco Camila Cabello, com um toque de Gwen Stefani.

Coração de fã (e um aceno ao Brasil) O momento mais sincero da noite foi quando ela falou do Brasil. Disse que esperou a vida inteira para vir — e parecia mesmo emocionada. Ainda reconheceu no meio do público a administradora do seu primeiro fã-clube brasileiro, que ganhou acesso à área VIP. Pequenos gestos que colam bem com quem ainda está construindo uma base de fãs.

Teve também espaço para mostrar o lado mais emocional. Na música You Broke Me First, escrita por ela aos 16 anos, Tate trocou a dança por uma interpretação mais parada, voz na frente, letra triste. Foi nessa que o público cantou junto com mais força.

Entre a diva pop e a garota do quarto - No meio do caminho entre as divas dos anos 2000 e o pop mais íntimo das novas gerações, Tate tenta achar seu espaço. Tem quem ache seu som genérico, perto de artistas como Billie Eilish ou Olivia Rodrigo (que se apresentou na sexta). Mas também tem quem defenda que ela está trazendo de volta um tipo de show que andava sumido: o pop com corpo, dança, espetáculo. E sem precisar ser perfeita.

Ao longo da apresentação, vieram músicas do novo disco So Close To What, além de faixas como Exes, Revolving Door e She’s All I Wanna Be. O público foi aquecendo. E quando finalmente chegou Greedy, no fim, ninguém ficou parado. Mas ali já estava claro: ela não é só Greedy. Tate ainda está se construindo, mas já mostrou que tem fôlego para ocupar seu espaço no pop.

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