Festival em Rio Verde celebra a sanfona como símbolo cultural das Américas

O sanfoneiro Maciel Corrêa, um dos grandes nomes da música regional sul-mato-grossense, se apresenta no "Sanfona Amiga 1º Encontro de Sanfoneiros", em Rio Verde (MS) - (Foto: Divulgação)

Nos dias 9 e 10 de maio, a cidade de Rio Verde de Mato Grosso, a 203 quilômetros de Campo Grande, vai virar um palco a céu aberto para um som que emociona, embala festas e guarda memórias: o da sanfona.

Com entrada gratuita, o evento chamado “Sanfona Amiga – 1º Encontro de Sanfoneiros” acontece na Praça das Américas, no centro da cidade, e junta artistas do Brasil, Paraguai e Argentina. A proposta é simples e poderosa: colocar a sanfona no centro das atenções.

Música sem fronteiras - Durante dois dias, o festival vai misturar forró pé de serra, polca paraguaia e chamamé argentino. A sanfona, que muitos conhecem por trazer aquele som nostálgico das festas do interior, vai mostrar toda sua força como símbolo de união cultural.

Entre os nomes mais conhecidos estão os músicos Maciel Corrêa, Marlon Maciel e Marcelus Anderson, todos de Mato Grosso do Sul. Eles vão dividir o palco com jovens talentos internacionais, como o argentino Sebastián Flores, de apenas 17 anos, e o paraguaio Alejandro Favian. O evento ainda recebe Coqui Ortiz, um dos músicos mais respeitados do nordeste da Argentina.

Gente da terra também brilha - Rio Verde também vai mostrar o talento da casa. Estão confirmadas as apresentações de Kaike Souza, Catarino, Adrian Sanfoneiro e Aderaldino Carmo, além do grupo Terra Seca, de Dourados, que traz o tradicional forró nordestino. Um jeito de mostrar que a sanfona mora aqui também.

Mais do que música - Além dos shows, o festival terá uma exposição de discos antigos, organizada pelo pesquisador musical Carlos Luz. Haverá também um espaço para experimentar a sanfona, aberto a qualquer pessoa que quiser se arriscar nas teclas. E ainda: o projeto #Respirarte, da produtora paraguaia G5Pró, vai levar arte e meio ambiente ao evento, com apoio da ONU.

E como toda festa boa precisa ser aberta a todos, quem quiser só ouvir também é bem-vindo. A ideia é simples: sanfoneiro toca, curioso aprende, e quem estiver por perto se emociona.

Quem organiza? O evento é organizado pelo Instituto Imolé, com apoio da Prefeitura de Rio Verde, Ministério da Cultura, Governo de MS (por meio da Setesc), deputado Vander Loubet e Circuito Cultural Guarani.

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