
Rick Davies, cantor, compositor e tecladista britânico, fundador da icônica banda Supertramp, morreu no sábado (6), aos 81 anos, em sua residência em Long Island, nos Estados Unidos. A informação foi confirmada pelo grupo neste domingo (7), por meio de comunicado oficial nas redes sociais.

Davies enfrentava há mais de uma década um mieloma múltiplo, tipo de câncer que atinge a medula óssea. Em 2015, a doença o forçou a cancelar uma turnê europeia da banda e, desde então, o Supertramp não voltou aos palcos. Segundo o comunicado, ele vinha realizando um “tratamento agressivo”, mas a luta contra a enfermidade persistiu até o fim.
Nascido em 1944 na cidade de Swindon, no Reino Unido, Davies foi o responsável por fundar, em 1969, ao lado de Roger Hodgson, o Supertramp — uma das bandas mais representativas do rock progressivo britânico dos anos 1970. Sua voz e seu estilo no teclado, especialmente com o uso do clássico piano elétrico Wurlitzer, tornaram-se marcas registradas do grupo.
"Ele foi a voz e o pianista por trás das músicas mais icônicas do Supertramp, deixando uma marca indelével na história do rock", escreveu a banda na nota de pesar. "Seus vocais emocionantes e seu toque inconfundível no Wurlitzer se tornaram o coração do som da banda", completaram.
Davies era o autor de alguns dos maiores sucessos do grupo, como Goodbye Stranger e Bloody Well Right. Após a saída de Hodgson, em 1983, para seguir carreira solo, Davies permaneceu como o único membro fundador ativo na banda.
O auge do Supertramp veio com o álbum Breakfast in America, lançado em 1979. O disco vendeu mais de 18 milhões de cópias no mundo todo e rendeu à banda dois prêmios Grammy. A obra se consolidou como um clássico do rock e trouxe faixas como The Logical Song, Take the Long Way Home e a própria Breakfast in America, além de outros hits atemporais como Give a Little Bit, Dreamer e It's Raining Again.
Embora o grupo tenha passado por diversas formações ao longo das décadas, Rick Davies sempre foi o fio condutor da identidade sonora do Supertramp. Sua morte encerra definitivamente um ciclo, deixando um legado profundamente enraizado na história da música contemporânea.
