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ENTREVISTA

Renata Brás: 'A minha vida já daria um bom drama'

Atriz concedeu entrevista exclusiva ao A Crítica e falou sobre 'A Ciumenta', sua peça em cartaz, abordando os desafios de tratar temas relacionados ao ciúme

16 outubro 2025 - 19h20Jamille Gomes
Renata Brás apresenta em Campo Grande a peça A Ciumenta, com humor e reflexões sobre ciúme em relacionamentos
Renata Brás apresenta em Campo Grande a peça "A Ciumenta", com humor e reflexões sobre ciúme em relacionamentos - (Foto: Maria Edite Vendas)

Nesta quinta-feira (16), a atriz Renata Brás desembarcou em Campo Grande, onde se prepara para subir ao palco do Teatro Dom Bosco na noite desta sexta-feira com a peça A Ciumenta, que mistura humor e crítica ao explorar situações motivadas pelo ciúme.

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Em entrevista exclusiva ao jornal, Renata comentou sobre a produção e os desafios de abordar, de forma bem-humorada e crítica, um tema tão universal e cercado de estigmas. "O desafio era ter uma peça em que as pessoas se divertissem, mas também refletissem, sem que saísse exatamente igual. Não gosto de assistir a uma peça ou filme e depois pensar: 'vamos comer um hambúrguer, uma pizza' e não falar mais sobre aquilo. O que você assistiu precisa acrescentar algo à sua vida. Então, o desafio era entreter e divertir, mas também fazer refletir", iniciou a atriz.

Inspirada em sua personagem no programa A Praça é Nossa, a artista explicou que a peça combina elementos de sua própria experiência com relacionamentos e episódios de ciúmes observados em outras pessoas. Segundo ela, a ideia foi unir essas vivências à personagem da TV, criando uma narrativa que é quase autobiográfica, mas enriquecida por pequenas histórias vivenciadas por amigos e amigas.

Com bom humor, Renata falou sobre o processo de criação da peça "A Ciumenta", a importância da saúde mental no cenário atual e seus próximos projetos. (Foto: Maria Edite Vendas)

A peça aborda o ciúme sob um olhar reflexivo, que evidencia como o sentimento, quando exagerado, pode gerar situações tóxicas e prejudiciais nos relacionamentos. Renata explicou que costuma brincar que os surtos de ciúme são engraçados apenas quando observados nos outros; quando vivenciados na própria relação, deixam de ter graça e podem se tornar problemáticos. Na obra, a personagem representa justamente esse tipo de comportamento extremo, que torna a relação insustentável.

"Não é que eu queira que a pessoa seja aquela mulher que estou representando no palco. Pelo contrário, quero que ela perceba que não precisa ser assim. É sobre autocuidado e saúde mental. Você não viveu a vida do outro e não tem controle de nada. Em vez de se preocupar com a vida dele ou dela, é preciso deixar ir. [...] Então, cuide de você, faça academia, terapia, fique bonita..quanto mais segura e forte você se sentir, melhor", afirmou.

Renata comentou sobre como o ciúme excessivo pode levar a situações graves, como o feminicídio. "O ciúme não é exclusividade da mulher. Quando vem do homem, é muito preocupante. Em alguns relacionamentos eles podem reagir de forma violenta porque, às vezes, não aceitam perder. Não estou generalizando, mas os índices de feminicídio mostram que é um problema sério. Eu sempre digo que o ciúme também tem muito a ver com o parceiro".

"Se você percebe que o seu parceiro (a) estimula algo que te faz mal, como impedir que você tenha acesso a certas coisas, é sinal de que a relação deixou de ser transparente. Nesses casos, em vez de enlouquecer de ciúmes, é melhor entender que essa relação não cabe mais para você", finalizou.

Novo projeto

Renata revelou com exclusividade ao A Crítica que está escrevendo uma nova peça de drama. A artista contou que o projeto ainda está em fase inicial e que pretende conduzir o trabalho com cuidado, explorando a melhor forma de comunicar temas sensíveis dentro da obra.

"Estou escrevendo um drama. Ainda está no começo, bem no embrião.Quero escrever com muito cuidado, porque vou abrir gavetas que vão doer em mim. E, por falar em gavetas, não gosto de estar em caixinhas, de me rotularem como atriz 'musical, comediante ou dramática'. Sou artista: canto, danço, atuo...e sinto que chegou a hora de fazer uma produção dramática. Como me chamam mais para a comédia, não vou esperar o convite para um drama. A minha vida já daria um bom drama (risos)".

O novo projeto segue em desenvolvimento e deve ter o texto finalizado até o primeiro semestre do próximo ano. Ainda não há definição sobre a autoria: a atriz avalia se assinará o texto sozinha ou em parceria, como fez em A Ciumenta, escrita em colaboração com Samira Ramalho

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