
Crítico literário, poeta e professor universitário, Paulo Henriques Britto foi eleito nesta quinta-feira (22) para ocupar a Cadeira nº 30 da Academia Brasileira de Letras (ABL). A vaga estava aberta desde o falecimento da escritora e acadêmica Heloisa Teixeira.

Em uma disputa que teve apenas candidatos homens, Britto recebeu 30 votos, superando nomes como Salgado Maranhão, que ficou em segundo lugar com 10 votos, e outros concorrentes como Arlindo Miguel, Paulo Renato Ceratti, Spencer Hartmann Júnior e Eduardo Baccarin Costa.
A votação foi realizada com urnas eletrônicas cedidas pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ).
Autor de 14 livros, poeta é referência na literatura contemporânea brasileira - Carioca, Paulo Henriques Britto é professor da PUC-Rio e um dos nomes mais respeitados da poesia brasileira contemporânea. Além de poeta, também atua como tradutor literário, com trabalhos reconhecidos no meio editorial.
Entre suas obras de destaque estão os livros de poesia Liturgia da Matéria (1982), Mínima Lírica (1989), Trovar Claro (1997), Macau (2003), Tarde (2007), Formas do Nada (2012) e Nenhum Mistério (2018). Ao todo, são 14 livros publicados.
Em entrevista anterior, ao lançar Nenhum Mistério, o autor comentou sobre o próprio processo criativo: “Demoro para publicar porque escrevo pouco e passo muito tempo reescrevendo cada poema. São raros os que já saem quase prontos.”
Paulo Henriques Britto é vencedor de importantes prêmios nacionais. Já conquistou duas vezes o Alphonsus de Guimaraens, além de reconhecimentos da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) e o Prêmio Jabuti.
Após a vitória na ABL, ele comentou ao jornal Estadão sobre a conquista: “É uma sensação de muita alegria e um reconhecimento, principalmente pelos amigos que me ajudaram nessa empreitada, como o poeta Geraldinho Carneiro, que me orientou durante todo o processo.”
