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ARTE

"Patrocínio cultural é essencial para geração de empregos" , dizem profissionais

O espetáculo de dança “Fluzz”, com pré-estreia no dia 26 de agosto em Campo Grande, é um exemplo da importância do patrocínio cultural das empresas para a diversificação de opções de arte e cultura para a população

24 agosto 2016 - 20h00Da Redação com Assessoria
A pré-estreia de “Fluzz” será em Campo Grande durante a Mostra Cerrado Abierto, às 21 horas do dia 26 de agosto, no Museu de Arte Contemporânea de MS (Marco)
A pré-estreia de “Fluzz” será em Campo Grande durante a Mostra Cerrado Abierto, às 21 horas do dia 26 de agosto, no Museu de Arte Contemporânea de MS (Marco)

“Fluzz” é um espetáculo de dança produzido pelo grupo Cia Dançurbana, que será apresentado nas maiores cidades do Mato Grosso do Sul, entre as quais Campo Grande, no contexto das comemorações dos 117 anos da Capital. No palco, seis bailarinos utilizam técnicas de danças urbanas, dança contemporânea e improvisação para tecer uma rede de conexões, estabelecendo uma relação entre a dança e a tecnologia.

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A criação da Cia Dançurbana, que ganhou vida graças ao patrocínio privado por meio da Lei Rouanet, é um exemplo do potencial desse instrumento para a geração de empregos no setor artístico-cultural. De acordo com Roberta Siqueira, produtora cultural do grupo de dança, são 12 intérpretes-criadores, além de toda a equipe técnica, de produção e direção envolvidos. “O patrocínio cultural é essencial para a realização dos projetos e para a diversificação das opções de arte e cultura para a população. Sem essa ferramenta, seria quase impossível trabalhar com cultura no Brasil”, diz.

Conforme o Ministério da Cultura, os incentivos fiscais concedidos em 2015 por meio da lei resultaram em R$ 1,086 bilhão investidos em 2.977 projetos, de um total de R$ 5,2 bilhões autorizados para captação em 5.407 projetos aprovados. “Quando as empresas superam a desconfiança e apoiam as iniciativas, toda a economia ganha, porque a cultura movimenta uma ampla cadeia. Ainda falta muita informação sobre as vantagens desse tipo de patrocínio, mas aos poucos as empresas estão descobrindo e aprendendo a trabalhar com esse benefício fiscal”, afirma a iluminadora Camila Jordão, que também atua como produtora cultural voluntária.

Para Jorge Almoas, do Departamento de Marketing da DígithoBrasil, empresa de desenvolvimento de softwares do Mato Grosso do Sul e patrocinadora do espetáculo “Fluzz”, é fundamental que as organizações vejam no patrocínio cultural uma poderosa ferramenta de geração de empregos e fomento à economia local. “Também é muito vantajoso para a empresa porque amplia a visibilidade da marca, humaniza as ações de marketing, ao mesmo tempo em que contribui para a disseminação das opções culturais e proporciona um valioso retorno social”, enfatiza.

A jornalista Mariana Fedrizzi é produtora de teatro e dança de Campo Grande e atua em São Paulo-SP. Ela conta que, embora o setor seja muito mais desenvolvido na maior cidade do País, a realidade não difere muito quanto às dificuldades para convencer as empresas. “Fazemos um grande esforço para mostrar aos patrocinadores que os recursos investidos nos projetos deixam de cair no caixa geral do governo e vão movimentar a economia real, ao custear o cachê do iluminador, o aluguel do teatro e até o pipoqueiro na frente do teatro”, conta, acrescentando: “Todo esse investimento gera novos impostos, porque tudo o que é produzido tem emissão de nota fiscal”.

“Fluzz”

A pré-estreia de “Fluzz” será em Campo Grande durante a Mostra Cerrado Abierto, às 21 horas do dia 26 de agosto, no Museu de Arte Contemporânea de MS (Marco). Às 20 horas do dia 2 de setembro, o espetáculo será no Teatro Glauce Rocha. Ambas as apresentações terão entrada gratuita. A Dançurbana é uma companhia de dança profissional da Capital, fundada em 2002, que ganhou visibilidade nacional ao participar de importantes projetos como o Sesc Amazônia das Artes 2012 e o Palco Giratório 2014.

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