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MÚSICA E TURISMO

On Track Summit transforma Campo Grande em polo de inovação cultural e musical

Evento no BioParque Pantanal discute futuro da música com foco em tecnologia, sustentabilidade e identidade regional

11 setembro 2025 - 07h40Redação
On Track Summit MS 2025: evento conecta música, turismo, tecnologia e sustentabilidade em MS
On Track Summit MS 2025: evento conecta música, turismo, tecnologia e sustentabilidade em MS - (Foto: Skilo Filmes)
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Campo Grande recebeu nos dias 9 e 10 de setembro o On Track Summit MS 2025, evento que reuniu especialistas do país inteiro para debater os rumos da música em um cenário cada vez mais digital e sustentável. Realizado no BioParque Pantanal, o encontro apresentou uma programação intensa de painéis, palestras e homenagens, colocando a capital sul-mato-grossense no mapa dos grandes eventos culturais do Brasil.

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Com apoio da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul, o evento foi classificado como carbono neutro, reforçando o compromisso com práticas sustentáveis. Além de abordar inovação e novos modelos de negócio no setor musical, o On Track também promoveu o turismo cultural e valorizou talentos locais.

Realizar o summit no maior aquário de água doce do mundo não foi coincidência. A escolha do local destaca a vocação de Campo Grande para o turismo de experiência e reforça o potencial de Mato Grosso do Sul como destino cultural. O evento também incentivou a circulação de profissionais do setor e atraiu atenção nacional para a cadeia da economia criativa no Estado.

A valorização da identidade regional esteve presente em diversos momentos. Um dos mais marcantes foi a homenagem ao compositor Paulo Simões, com a exibição de um videoclipe em celebração aos 50 anos da música “Trem do Pantanal”. A canção, símbolo cultural do MS, foi reverenciada como expressão da conexão entre tradição e inovação.

Durante o evento, a Fundação de Turismo também realizou o pré-lançamento do projeto "Sons do Pantanal", que busca unir música regional, natureza e turismo sustentável. A proposta será apresentada oficialmente em Nova York em outubro. Segundo Bruno Wendling, diretor-presidente da Fundação, o projeto vai mesclar os sons da fauna pantaneira com a produção musical local, em um formato inédito e com estética internacional.

Um dos painéis mais relevantes foi “Volume Alto, Voz Ativa: Mulheres na Indústria da Música”, que trouxe nomes como Kamilla Fialho, Dani Pepper, Marina Mattoso e Thaís Saccomani. As executivas discutiram desafios de gênero no setor e defenderam mais espaço e protagonismo feminino.

Dados da ONU Mulheres mostram que menos de 30% dos cargos criativos na música são ocupados por mulheres, e a presença feminina nos line-ups de grandes festivais internacionais não passa de 20%. O evento deu visibilidade ao tema e reforçou o compromisso com a equidade na cultura.

Com base em dados da IFPI e da Pro-Música Brasil, o On Track apontou tendências do mercado musical. Em 2023, a indústria fonográfica global teve crescimento de 10,2%, somando mais de US$ 28 bilhões em receita. No Brasil, o setor avançou 13,4%, com forte influência do streaming e de tecnologias como a inteligência artificial.

Esses números refletem um momento de transformação profunda no setor, que exige inovação e adaptação. O summit discutiu como novas tecnologias, mudanças no consumo e critérios ambientais estão moldando o futuro da música.

Ao sediar o On Track Summit, Campo Grande reforça seu papel como centro de inovação cultural e criativa. A organização do evento destacou que a proposta vai além do entretenimento, buscando posicionar o Mato Grosso do Sul como referência nacional em turismo sustentável, diversidade artística e desenvolvimento econômico baseado na cultura.

“O On Track Summit é mais do que um evento, é uma plataforma de transformação”, afirmou a organização.

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