
A Diamond Films anunciou nesta segunda-feira (11) que o aguardado longa Nuremberg chegará aos cinemas brasileiros no primeiro trimestre de 2026. A produção é baseada no livro O Nazista e o Psiquiatra, de Jack El-Hai, publicado no Brasil pela Planeta, e revisita a relação entre o psiquiatra norte-americano Douglas M. Kelley e um dos principais líderes do regime nazista, Hermann Göring, durante o histórico julgamento que marcou o pós-guerra.

Com direção de James Vanderbilt, o filme reúne um elenco de peso, incluindo Rami Malek, Russell Crowe, Michael Shannon e Leo Woodall. A trama se passa em 1945, na cidade de Nuremberg, Alemanha, onde 22 oficiais nazistas foram julgados por crimes de guerra e contra a humanidade.
No longa, Rami Malek interpreta o capitão e psiquiatra Douglas M. Kelley, designado para avaliar a saúde mental dos acusados antes do julgamento. A missão o coloca em contato direto com Hermann Göring, interpretado por Russell Crowe, ex-comandante da Luftwaffe e figura central do Terceiro Reich.
À medida que o médico mergulha nas mentes dos prisioneiros, inicia-se uma jornada de dilemas morais e questionamentos sobre a natureza humana, buscando entender o que leva indivíduos a cometer atrocidades em escala tão ampla. A narrativa combina registros médicos, depoimentos pessoais e documentos históricos para reconstruir os diálogos e tensões que antecederam as sessões no tribunal.
A obra de Jack El-Hai, que inspira o roteiro, se baseia em pesquisas detalhadas sobre o período em que os principais nomes do alto escalão nazista estiveram sob custódia norte-americana em Luxemburgo, antes de serem transferidos para Nuremberg. O autor explora não apenas os aspectos psicológicos dos réus, mas também o impacto emocional sobre Kelley, confrontado diariamente com personalidades marcadas pelo extremismo e pela brutalidade.
A produção de Nuremberg promete unir rigor histórico e tensão dramática, abordando não só o julgamento em si, mas também o embate silencioso entre ciência, ética e barbárie. O filme chega ao Brasil cercado de expectativas, tanto pelo elenco estrelado quanto pela relevância do tema no debate sobre direitos humanos e memória histórica.
