
A Netflix anunciou nesta sexta-feira (17) o lançamento de “Caso Eloá – Refém ao Vivo”, documentário que revisita um dos crimes mais marcantes da história recente do Brasil. A estreia está marcada para o dia 12 de novembro, com novas perspectivas sobre o sequestro e a morte da adolescente Eloá Cristina Pimentel, em 2008, em Santo André (SP).

A produção promete revelar trechos inéditos do diário pessoal de Eloá e depoimentos exclusivos de Douglas e Grazieli, irmão e amiga da jovem, que falam publicamente sobre o caso pela primeira vez. Também participam jornalistas e autoridades que acompanharam de perto o episódio, oferecendo uma análise mais ampla sobre a cobertura midiática e a condução policial da operação.
Com direção geral de Cris Ghattas e roteiro de Tainá Muhringer e Rick Hiraoka, o documentário é produzido pela Paris Entretenimento e se propõe a discutir não apenas os fatos, mas também as consequências emocionais e sociais deixadas pelo crime.
O caso Eloá chocou o país em outubro de 2008, quando a adolescente, então com 15 anos, foi mantida refém por 100 horas pelo ex-namorado, Lindemberg Alves, de 22 anos, dentro do próprio apartamento. Além dela, outros amigos também ficaram presos no local durante parte do sequestro.
As negociações entre a polícia e Lindemberg foram acompanhadas ao vivo por emissoras de TV. O caso terminou tragicamente quando o sequestrador atirou duas vezes em Eloá antes da entrada das autoridades no imóvel. A jovem foi levada ao hospital inconsciente e teve morte cerebral confirmada dias depois.
O crime levantou debates sobre a cobertura midiática de situações de violência, a atuação policial em crises de reféns e o impacto psicológico nas famílias das vítimas. A nova produção da Netflix pretende revisitar essas discussões, apresentando o olhar de quem viveu o drama de dentro.
