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Na manhã desta quinta-feira (03) , o Brasil se despediu de Cid Moreira, jornalista e apresentador que morreu aos 97 anos no Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro. Ele, que marcou gerações com sua voz inconfundível, era um dos rostos mais conhecidos da televisão brasileira, tendo apresentado o Jornal Nacional por mais de 25 anos. Cid morreu em decorrência de falência múltipla dos órgãos, após enfrentar uma pneumonia que se agravou nos últimos dias.

Nos últimos tempos, Cid enfrentava também problemas renais, o que o obrigava a fazer diálise com frequência. Fátima Sampaio, sua esposa, compartilhou detalhes emocionantes sobre os momentos finais do jornalista em uma entrevista ao programa Encontro, com Patrícia Poeta. “Mudamos para perto do hospital quando ele começou a fazer a diálise. Não contei para ninguém para ter o direito como ser humano de privacidade", explicou.
Cid Moreira, que sempre preservou a discrição em sua vida pessoal, havia feito um último pedido: que seu corpo fosse enterrado em Taubaté, sua cidade natal, no interior de São Paulo. Lá, ele queria descansar ao lado de sua primeira esposa e de um filho que faleceu antes dele. Segundo Fátima, também haverá cerimônias em Petrópolis e no Rio de Janeiro, cidades que tinham um lugar especial no coração do apresentador.
Com sua morte, o país perde um dos maiores símbolos do telejornalismo. Cid Moreira foi muito mais do que um apresentador. Sua voz marcante e postura firme na bancada do Jornal Nacional tornaram-no uma figura de confiança para milhões de brasileiros que, noite após noite, o ouviam trazer as principais notícias do Brasil e do mundo. Mesmo com a evolução da tecnologia e o surgimento da internet, que transformaram a maneira de fazer jornalismo, Cid manteve seu estilo sóbrio e respeitado, algo raro nos dias de hoje.
A morte de Cid Moreira é um marco que simboliza o fim de uma era no jornalismo brasileiro. Ele representava um tipo de jornalismo em que o que se dizia na televisão tinha peso e credibilidade. Hoje, com o avanço da internet e das redes sociais, a informação circula muito mais rápido e de maneira fragmentada, mas o respeito pela figura de Cid continua intacto. Ele deixa um legado de seriedade e compromisso com a verdade, valores que são essenciais no jornalismo, seja nos tempos de antes ou nos dias de hoje.
Com sua partida, a televisão brasileira fica mais vazia. A voz que por tantos anos trouxe segurança aos telespectadores agora se cala, mas as lembranças e o respeito por sua trajetória ficam para sempre. Cid Moreira não foi apenas um jornalista; ele foi uma presença constante e confiável em muitas casas brasileiras, uma referência para quem buscava notícias e informação com credibilidade.
Aos 97 anos, Cid Moreira se despede da mesma forma como sempre conduziu sua vida e carreira: de maneira discreta, mas impactante, deixando um legado que será lembrado por muito tempo.
