
A escritora Jilly Cooper, uma das autoras mais populares da literatura britânica contemporânea, morreu aos 88 anos no último domingo (5), após sofrer uma queda em casa. A informação foi confirmada por seus filhos, Felix e Emily, que classificaram a morte como “um completo choque”.

“Sua morte inesperada é um completo choque. Temos muito orgulho de tudo que ela conquistou em vida e não conseguimos imaginar os dias sem seu sorriso contagiante e sua risada”, declararam os filhos ao The Guardian.
Reconhecida pelo estilo espirituoso e pela capacidade de mesclar romance, humor e crítica social, Jilly Cooper publicou 18 livros ao longo da carreira — muitos deles traduzidos para diversos idiomas e adaptados para o audiovisual.
O maior sucesso da autora é a série “As Crônicas de Rutshire”, ambientada em um condado fictício e centrada nos bastidores da alta sociedade britânica, com enredos que misturam paixão, escândalos e poder.
Em 2024, o segundo volume da série, “Rivais”, ganhou uma adaptação televisiva pelo Disney+, estrelada por David Tennant, com a própria Jilly Cooper atuando como produtora executiva. A boa recepção da série garantiu uma segunda temporada, em desenvolvimento, com previsão de estreia em 2026, trazendo Hayley Atwell e Rupert Everett no elenco.
Apesar de seu enorme sucesso no Reino Unido, as obras de Cooper nunca foram traduzidas oficialmente para o português, o que limita sua presença entre o público brasileiro.
Antes de se consolidar como romancista, Jilly Cooper teve uma trajetória marcante no jornalismo britânico, atuando como repórter e colunista em diferentes veículos de imprensa.
Durante a década de 1970, ela publicou livros de não ficção, com temas voltados à vida profissional e conjugal, voltados principalmente ao público feminino. Seu primeiro romance de ficção, intitulado Emily, foi lançado em 1975.
A consagração veio dez anos depois, com o início da série “As Crônicas de Rutshire”, que ao longo de quase quatro décadas chegou a dez volumes. O último deles, Tackle!, foi publicado em 2023, mantendo o tom leve, provocador e observador que marcou toda sua obra.
Vida de Jilly Cooper
Jilly Cooper foi casada por mais de cinquenta anos com o editor Leo Cooper, falecido em 2013. O casal era presença constante na cena cultural britânica, conhecido pelo senso de humor e pela cumplicidade profissional.
Com um estilo literário comparado ao de Jackie Collins e Helen Fielding, Cooper era considerada uma cronista dos costumes da elite inglesa, explorando com ironia os vícios e virtudes de aristocratas, empresários e esportistas.
Sua escrita, que unia drama, comédia e crítica social, conquistou leitores de várias gerações e garantiu à autora um lugar permanente entre os nomes mais lidos e celebrados do Reino Unido.
