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17 de novembro de 2025 - 19h33
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LUTO

JardsMacalé morre aos 82anos após cirurgia; estava internado com enfisema e sofreu parada cardíaca

Ícone da MPB e figura do póstropicalismo, artista teve trajetória marcada por inovações, parcerias históricas e legado de liberdade

17 novembro 2025 - 18h10Redação O Estado de S. Paulo
O cantor e compositor Jards Macalé em foto de divulgação do álbum 'Coração Bifurcado'. Ele morreu nesta segunda-feira, 17 de novembro.
O cantor e compositor Jards Macalé em foto de divulgação do álbum 'Coração Bifurcado'. Ele morreu nesta segunda-feira, 17 de novembro. - (Foto: Leo Aversa/Divulgação)

O cantor, compositor e músico JardsMacalé, de 82anos, faleceu nesta segundafeira (17). A notícia foi confirmada por meio de sua conta no Instagram, onde se informou que ele havia passado por cirurgia e depois, segundo reportagem do portalg1, sofrido uma parada cardíaca enquanto tratava enfisema pulmonar em hospital no Rio de Janeiro.

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“Jards Macalé nos deixou hoje. Chegou a acordar de uma cirurgia cantando ‘Meu Nome é Gal’, com toda a energia e bom humor que sempre teve… Cante, cante, cante. É assim que sempre lembraremos do nosso mestre, professor e farol de liberdade”, dizia o texto publicado em sua rede social.

Desde os anos1960, no cenário cultural do Rio de Janeiro, Macalé construiu uma carreira singular, marcada tanto pelo estudo rigoroso da teoria musical e violão erudito quanto pela atuação em rodas de samba, bares boêmios e parcerias com poetas como Waly Salomão e Torquato Neto. Ele participou da direção musical do álbum Transa, de Caetano Veloso, gravado em Londres durante o exílio, e teve composições imortalizadas nas vozes de Gal Costa e outros.

Seu mais conhecido álbum solo, lançado em 1972, traz faixas como “Vapor Barato” e “Mal Secreto”. Em 2023 ele lançou o álbum Coração Bifurcado, que contou com participação de MariaBethânia e NáOzetti e foi dedicado à cantora GalCosta, morta em2022.

Até o fim, Macalé mantinha shows agendados — estava previsto para se apresentar em 4 e 11 de dezembro no Rio de Janeiro. O anúncio da sua morte confirma o fim de uma das vozes mais originais da música brasileira, cujo legado continua vivo — “nessa soma de todas as coisas, o que sobra é a arte”, como ele mesmo disse.

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