A atriz Luana Piovani foi condenada pela Justiça de São Paulo por injúria qualificada contra o jogador Neymar, após chamá-lo de “mau-caráter” e “péssimo exemplo” em postagens feitas nas redes sociais ao longo de 2024. A decisão é da 2ª Vara Criminal da Barra Funda, que avaliou que as declarações da artista extrapolaram o limite da crítica pública e configuraram ofensa à honra pessoal e familiar do atleta.
O caso corre sob segredo de justiça, conforme informou o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). A sentença foi parcialmente favorável à acusação movida por Neymar. A atriz foi absolvida do crime de difamação, mas condenada por injúria, com pena de quatro meses e quinze dias de detenção em regime aberto, convertida em prestação de serviços comunitários.
Segundo o juiz responsável, as postagens de Piovani tiveram ampla repercussão, foram reproduzidas por veículos de imprensa e seguidores, e causaram impacto negativo à imagem do jogador. A decisão também determina que a atriz pague as custas do processo.
Nas redes sociais, Luana minimizou o impacto da condenação. Em vídeo publicado no Instagram, afirmou: “Está todo mundo preocupado comigo, mas não precisa, não. Está tudo sob controle”. A atriz explicou que perdeu apenas um dos dois processos movidos por Neymar e que já está preparando os recursos judiciais.
Advogado de Luana Piovani se manifestou sobre processo envolvendo Neymar
A defesa de Piovani, representada pelo advogado Augusto de Arruda Botelho, confirmou que irá recorrer. Em nota divulgada nesta sexta-feira (17), destacou que o processo tramita sob sigilo a pedido dos advogados de Neymar, e reiterou que discorda da decisão judicial. “A defesa apresentará no prazo legal todos os recursos cabíveis”, declarou.
Procurada, a NR Sports, empresa que administra a carreira de Neymar, não se manifestou até o fechamento desta reportagem.
A condenação é mais um capítulo no histórico de atritos públicos entre a atriz e o jogador. Luana Piovani já vinha fazendo críticas frequentes ao comportamento de Neymar em entrevistas e postagens, sempre com forte repercussão nas redes sociais. Os advogados do atleta sustentaram que as manifestações ultrapassaram a liberdade de expressão e passaram a configurar ataques pessoais.
O caso reacende o debate sobre os limites da opinião pública na internet, especialmente quando figuras públicas se posicionam de forma contundente sobre outros famosos. O juiz deixou claro que não se trata de censura à crítica, mas sim de responsabilização quando há ofensa direta à dignidade da pessoa.
