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12 de novembro de 2025 - 18h59
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CASO ELOÁ

Documentário sobre o caso Eloá traz novos depoimentos, mas ausência de Nayara chama atenção

Produção revisita o sequestro que chocou o país em 2008 e mostra os impactos da tragédia na vida das vítimas e familiares

12 novembro 2025 - 17h15Laysa Zanetti
Eloá e Nayara, que eram melhores amigas, foram sequestradas por Lindemberg Alves em 2008.
Eloá e Nayara, que eram melhores amigas, foram sequestradas por Lindemberg Alves em 2008. - (Foto: Arquivo pessoal/Reprodução)

Já está disponível na Netflix o documentário Caso Eloá – Refém ao Vivo, que resgata os principais momentos de um dos crimes mais marcantes do Brasil: o sequestro e assassinato da jovem Eloá Cristina Pimentel, em 2008, pelo ex-namorado Lindemberg Alves. Com cerca de cem horas de duração, o cárcere em Santo André (SP) foi o mais longo da história recente do país transmitido ao vivo, mobilizando a imprensa, a polícia e a opinião pública.

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A produção, dirigida por Cris Ghattas e produzida por Veronica Stumpf, da Paris Entretenimento, traz depoimentos de pessoas diretamente envolvidas no caso, como os pais e irmãos de Eloá, além de colegas da jovem, como Iago Vieira e Victor Lopes. Ambos estavam na casa da vítima no momento em que Lindemberg invadiu o local armado. Eles foram libertados no primeiro dia de sequestro.

No entanto, uma ausência notável no documentário é a de Nayara Rodrigues, amiga de Eloá que também foi mantida em cativeiro. Ela chegou a ser liberada pela polícia durante a negociação, mas foi convencida a retornar ao apartamento em uma decisão controversa das autoridades. Dias depois, no desfecho da operação, foi baleada com um tiro no rosto, mas sobreviveu.

Mesmo sendo uma das figuras centrais do caso, Nayara não aceitou participar da produção. Segundo as diretoras, todos os personagens considerados essenciais foram convidados. "Queríamos ouvir todos os lados com imparcialidade, para fazer essa reflexão mais ampla. O documentário não está aqui para julgar nenhum elo dessa corrente, e sim mostrar as fragilidades e potencialidades de cada participante dessa história horrorosa", afirmou a produtora Veronica Stumpf ao Estadão.

Desde o episódio traumático, Nayara adotou uma postura mais discreta e reclusa. Ela evita entrevistas e prefere não relembrar o crime. A última grande aparição pública foi em novembro de 2008, um mês após o fim do sequestro, quando concedeu entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo. Na ocasião, deixou claro que Lindemberg ainda não havia atirado quando a polícia invadiu o apartamento. “Tem horas que parece que a ficha não caiu ainda”, disse, emocionada.

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