
A Disney fechou um acordo de US$ 10 milhões (cerca de R$ 54,7 milhões) para encerrar um processo da Comissão Federal de Comércio (FTC) dos Estados Unidos. A acusação era de que a empresa teria facilitado a coleta indevida de dados de crianças em vídeos publicados no YouTube.

Segundo a FTC, as divisões Disney Worldwide Services e Disney Entertainment Operations, responsáveis pelo suporte técnico e conteúdo, não rotularam corretamente vídeos como “conteúdo infantil”, violando a Lei de Proteção à Privacidade Online de Crianças (COPPA).
O órgão afirma que isso expôs menores a recursos do YouTube inadequados para a idade, incluindo conteúdos de filmes como Viva – A Vida é uma Festa, Frozen e músicas de Incríveis. A lei exige desde 2019 que vídeos destinados a crianças sejam corretamente identificados.
O presidente da FTC, Andrew N. Ferguson, destacou que a ação reforça o compromisso do órgão em proteger crianças online: “A ordem penaliza a Disney pelo abuso da confiança dos pais e estabelece um programa obrigatório de revisão de vídeos, abrindo caminho para tecnologias de garantia de idade”.
A Disney, por sua vez, afirmou que o processo se restringe ao conteúdo no YouTube, sem envolver outras plataformas da empresa. “Temos tradição em manter altos padrões de conformidade com a privacidade infantil e seguiremos investindo em ferramentas para liderar nesse setor”, declarou um porta-voz.
