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LITERATURA

80 anos da morte de Anne Frank: nova edição de luxo do seu diário chega ao Brasil

Edição especial será lançada em setembro, com conteúdo inédito e novo projeto gráfico, para preservar a memória da jovem

25 agosto 2025 - 13h50
'O Diário de Anne Frank' ganha edição especial nos 80 anos da morte da autora.
'O Diário de Anne Frank' ganha edição especial nos 80 anos da morte da autora. - Foto: Grupo Editorial Edipro/Divulgação
ENERGISA

Em 2025, completam-se 80 anos da morte de Anne Frank, e para marcar a data, o Diário de Anne Frank, um dos testemunhos mais significativos do Holocausto, será lançado em uma edição especial. O livro chega às livrarias em setembro, com capa dura, um novo projeto gráfico e conteúdos inéditos, pela Via Leitura, selo do Grupo Editorial Edipro.

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O diário de Anne Frank, escrito durante sua vida no esconderijo durante a ocupação nazista, foi publicado pela primeira vez na Holanda em 1947. Sua obra continua a ser uma das mais impactantes sobre os horrores da Segunda Guerra Mundial. A nova versão, com o texto integral da versão B do diário — a reescrita feita pela própria autora — traz também uma galeria de fotos que ajuda a contextualizar a história da jovem e de sua família.

A edição também busca conectar o público jovem à história de Anne, com um projeto gráfico que inclui desenhos e anotações, características típicas de um diário, tornando a leitura mais sensível e imersiva. O objetivo é garantir que as próximas gerações nunca esqueçam as atrocidades da guerra.

Linha do tempo de Anne Frank presente na nova edição d'O Diário de Anne Frank' da editora Via Leitura Linha do tempo de Anne Frank presente na nova edição d'O Diário de Anne Frank' da editora Via Leitura (Foto: Grupo Editorial Edipro)

Anne Frank nasceu em Frankfurt, Alemanha, em 1929, e, com o avanço do antissemitismo e a ascensão de Hitler, sua família se refugiou na Holanda. Durante a ocupação, eles se esconderam em um anexo, hoje conhecido como Casa de Anne Frank, em Amsterdã, um museu visitado por milhões de pessoas.

O diário de Anne começa em 12 de junho de 1942, quando ela completou 13 anos e ganhou o caderno de presente de seu pai, Otto. Ao longo das páginas, Anne compartilhou não apenas suas angústias de adolescente, mas também a dura realidade da vida no esconderijo. Em 1944, após dois anos, a família foi descoberta e enviada para campos de concentração. Enquanto seus pais foram para Auschwitz, Anne e sua irmã Margot foram deportadas para o campo de Bergen-Belsen, onde morreram em 1945.

Apenas Otto sobreviveu e, após a guerra, recebeu os diários de Anne de volta, graças às secretárias que trabalhavam no local onde a família se escondeu. Otto organizou os escritos da filha, excluindo partes que, acreditava ele, não deveriam ser publicadas, como críticas à sua esposa, Edith.

Desde 1978, o livro é publicado no Brasil pela Record, mas a questão do domínio público do diário tem gerado debate. A entrada no domínio público depende de um período de 70 anos após a morte do autor, o que gerou discussões após 2015. A Fundação Anne Frank, que detém os direitos autorais, considera Otto Frank o responsável pelo livro, devido ao seu trabalho de organização dos escritos. Por conta disso, a edição especial da Via Leitura utilizará o texto original de Anne, em vez da versão editada por seu pai. A versão editada de O Diário de Anne Frank só entrará em domínio público em 2051.

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