
Nesta quintafeira (10) é celebrado o Dia Universal dos Direitos Humanos, data estabelecida em 1948 pela Assembleia Geral das Nações Unidas para marcar a adoção da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Foi a primeira vez que países com diferentes sistemas políticos se uniram para afirmar, por consenso, que todos os seres humanos possuem direitos inalienáveis, independentemente de origem, raça, crença, gênero ou condição social.
A data é também um convite à reflexão sobre décadas de lutas sociais — da abolição da escravidão às conquistas dos direitos trabalhistas e à defesa da liberdade de expressão — e funciona como um lembrete de que a dignidade humana precisa ser protegida continuamente.
Para contribuir com essa reflexão, selecionamos livros que abordam temas centrais aos direitos humanos — como racismo, desigualdade, justiça social e resistência — cada um a partir de perspectivas únicas.
Livros que conversam com os Direitos Humanos
‘Eu Sei Por Que o Pássaro Canta na Gaiola’ — Maya Angelou
Autobiografia poderosa que trata de racismo, violência, identidade e resiliência. Maya Angelou transforma sua história pessoal em um manifesto pela dignidade humana, mostrando como a literatura pode libertar e dar voz àqueles que foram marginalizados.
Editora Astral Cultural — 336 págs.; R$ 79,90
‘Torto Arado’ — Itamar Vieira Junior
Romance ambientado no sertão baiano que explora desigualdade estrutural e trabalho análogo à escravidão. A narrativa entrelaça as vidas das irmãs Bibiana e Belonísia em uma trama sobre luta, redenção e resistência em comunidades rurais brasileiras.
Editora Todavia — 246 págs.; R$ 84,90
‘Os Miseráveis’ — Victor Hugo
Clássico absoluto que retrata injustiças sociais, pobreza e transformação. A jornada de Jean Valjean após anos de prisão por um crime menor é uma reflexão profunda sobre justiça, misericórdia e dignidade em uma sociedade desigual.
Editora Nova Fronteira — 1560 págs.; R$ 189,90
‘Quarto de Despejo’ — Carolina Maria de Jesus
Diário pungente de uma mulher negra vivendo na favela do Canindé na década de 1950. A obra é um testemunho visceral de sobrevivência, pobreza e exclusão social — um lembrete de que a luta pelos direitos humanos é cotidiana e urgente.
Editora Ática — 264 págs.; R$ 101
‘O Sol É Para Todos’ — Harper Lee
Romance que aborda racismo, ética e justiça no sul dos Estados Unidos dos anos 1930, visto pelos olhos de uma menina. A história é um marco na literatura sobre direitos civis e permanece atual ao retratar desigualdades e a importância de confrontálas.
Editora José Olympio — 349 págs.; R$ 69,90
‘Viver Nas Ruas’ — Rebeca Kritsch
Relato direto e humano sobre a vida nas ruas de São Paulo, baseado em uma série de reportagens premiadas. A autora vivencia a realidade das pessoas sem teto e apresenta uma narrativa que combina apuração jornalística e experiência pessoal, destacando temas como invisibilidade social, solidariedade e resistência.
Editora egaláxia — 150 págs.; R$ 56,90

