
O artesanato de Mato Grosso do Sul conquistou um espaço inédito no cenário nacional. A exposição “Curvas Pantaneiras” foi aberta no dia 13 de novembro no Centro Sebrae de Referência do Artesanato Brasileiro (CRAB), no Rio de Janeiro, e segue até fevereiro de 2026. É a primeira vez que o estado realiza uma mostra individual no principal centro de valorização do artesanato do país.
A mostra apresenta peças criadas por artesãos sul-mato-grossenses que trabalham com materiais como cerâmica, madeira, papel machê, fibras naturais e bordados. Cada obra representa a relação entre homem e natureza no Pantanal. O objetivo é divulgar a identidade cultural do estado e ampliar o reconhecimento dos artistas locais.
Com curadoria da artesã Buga Peralta, a exposição reúne trabalhos de nomes como Enilson Rosano de Campos, Sarah Caires, Claudia Medeiros, Davi e Ana Lúcia Nazário e o artista visual Alan Vilar, conhecido por representar aves e espécies da fauna pantaneira em cores vibrantes. “As peças carregam a alma do Mato Grosso do Sul. Elas contam histórias, falam da vida pantaneira e da criatividade de quem transforma o território em arte”, afirmou a curadora.
Segundo a diretora-técnica do Sebrae/MS, Sandra Amarilha, a mostra é uma grande oportunidade para os artesãos. “Trouxemos peças produzidas por comunidades ribeirinhas, artistas que dominam técnicas tradicionais e que vivem do que criam. É um patrimônio cultural que agora se conecta com um público mais amplo”, destacou.
O diretor-presidente da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), Eduardo Mendes Pinto, também participou da abertura. Para ele, a exposição fortalece a renda dos artesãos e amplia a visibilidade da cultura sul-mato-grossense. “É emocionante ver a beleza da nossa cultura representada aqui”, disse.
Exposição com trabalhos feitos por artesãos de MS está aberta para visitação até fevereiro de 2026. - (Foto: Divulgação)Do lado do Sebrae do Rio de Janeiro, o diretor de Desenvolvimento, Sergio Malta, celebrou o momento. “A exposição está magnífica. Ela traz um recorte do Pantanal que certamente vai encantar os visitantes. É uma alegria receber essa estética tão própria no CRAB”, comentou.
Visitantes que conferiram a mostra também se emocionaram. A sul-mato-grossense Aleida Figueiredo, que vive no Rio, destacou o reencontro com suas raízes. “Nossa cultura é plural, influenciada por etnias indígenas, comunidades ribeirinhas e fronteiras diversas, e tudo isso está bem representado aqui”, afirmou. Já a carioca Rosali de Castro Aguiar elogiou a experiência e recomendou a visita. “Tudo muito lindo, com preços acessíveis e peças que dá vontade de levar para casa.”
O CRAB foi inaugurado em 2016 e funciona em três prédios tombados na Praça Tiradentes, no centro do Rio. O espaço já recebeu 38 grandes exposições e abriga um acervo com cerca de 2 mil obras. A proposta do centro é valorizar o artesanato como expressão cultural, artística e econômica.
Com entrada gratuita, a exposição “Curvas Pantaneiras” pode ser visitada de terça a sábado, das 10h às 17h, mediante apresentação de documento com foto. A mostra segue aberta ao público até fevereiro de 2026.


