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07 de outubro de 2025 - 13h52
pmcg
MÚSICA

Coautor de Girassol critica Toni Garrido por alterar letra em homenagem às mulheres

Da Ghama, ex-Cidade Negra, diz que mudança no verso da música não foi autorizada e distorce a mensagem original da canção

7 outubro 2025 - 11h10Redação E+
Da Ghama criticou mudança na letra de Girassol feita por Toni Garrido ao vivo no Altas Horas
Da Ghama criticou mudança na letra de Girassol feita por Toni Garrido ao vivo no Altas Horas - (Foto: Reprodução)
Terça da Carne

A música Girassol, um dos maiores sucessos do grupo Cidade Negra, virou centro de uma polêmica após o cantor Toni Garrido alterar um trecho da letra durante participação no programa Altas Horas, da TV Globo. A mudança causou desconforto entre os autores da canção, especialmente Da Ghama, ex-guitarrista da banda e um dos coautores da composição.

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Na apresentação, Garrido substituiu a frase “Já que pra ser homem tem que ter a grandeza de um menino” por “Já que pra ser homem tem que ter a grandeza de uma menina, de uma mulher”, numa tentativa, segundo ele, de homenagear as mulheres.

A alteração, no entanto, foi criticada por Da Ghama, que publicou um vídeo nas redes sociais afirmando ter se sentido “altamente desrespeitado como compositor”. Ele esclareceu que a música, composta há 25 anos com Toni, Pedro Luis, Lazão e Bino Farias, não tem qualquer cunho machista e que a letra original carrega uma crítica simbólica aos homens que fazem guerras, exaltando a pureza de um menino como símbolo de paz.

“A ideia era mostrar que a grandeza do homem está na simplicidade e na pureza, e não numa força bruta ou em padrões tradicionais”, explicou o músico.

Da Ghama também negou que a canção tenha viés político, ideológico ou que reflita uma visão heteronormativa. Segundo ele, Girassol é uma “poesia de paz e positividade”.

Em resposta à repercussão, Toni Garrido gravou um vídeo justificando a escolha. Disse que a mudança foi espontânea e feita com carinho. “Foi uma brincadeira amorosa”, afirmou o cantor, destacando que queria valorizar o papel das mulheres na formação dos homens e na construção de valores.

“A arte permite novas leituras. As pessoas podem cantar como quiserem. O importante é espalhar amor”, declarou Garrido, pedindo que a discussão seja encerrada com leveza.

A polêmica levantou debates nas redes sociais sobre os limites da liberdade artística e o respeito à obra original de autores. Enquanto parte do público apoiou a homenagem, outros saíram em defesa de Da Ghama e da letra original.

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