
O cantor e compositor Caetano Veloso e seus advogados solicitaram à Justiça de São Paulo a inclusão no processo de partilha da herança de Olavo de Carvalho, falecido em 2022. O Tribunal de Justiça de São Paulo confirmou que Caetano consta como interessado no inventário do escritor.

Movimentações recentes indicam pedidos de habilitação e análise pelo juiz responsável, mas ainda não há decisão definitiva sobre a inclusão da indenização milionária na divisão dos bens.
A disputa começou em 2017, quando Olavo acusou Caetano de pedofilia em publicações nas redes sociais, mencionando seu relacionamento com Paula Lavigne, iniciado em 1982, quando ela tinha 13 anos e ele 40. Na época, Caetano acionou a Justiça do Rio de Janeiro, pedindo a remoção imediata das postagens e indenização por danos morais. A decisão fixou multa diária de R$ 10 mil enquanto os conteúdos permanecessem no ar, mas Olavo, que vivia nos Estados Unidos, não cumpriu a ordem.

Agora, a defesa do músico busca que a indenização seja considerada dívida prioritária do espólio, em processo que tramita na 3ª Vara de Família e Sucessões do Foro Central Cível de São Paulo. Com a morte do escritor, os bens deixados passaram a responder pelo débito. Em 2024, a Justiça do Rio autorizou a penhora da receita obtida com a venda dos livros de Olavo pela Editora Record, mas o valor arrecadado foi limitado, pouco mais de R$ 8 mil.
