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ARTE & CULTURA

Bailarino de MS narra história de "Holocausto Brasileiro" por meio da dança em apresentação

A peça "Crônico Social" será lançado no próximo sábado, dia 19 de junho, as 20h

15 junho 2021 - 14h40Da Redação
Os bailarinos Mayara Matoso, Elinei Morais, Douglas Dutra e Danilo Nogueira usam seus corpos para dar vida às trágicas histórias de quem viveu essa triste realidade
Os bailarinos Mayara Matoso, Elinei Morais, Douglas Dutra e Danilo Nogueira usam seus corpos para dar vida às trágicas histórias de quem viveu essa triste realidade - (Foto: Luan Saraiva)

Você já ouviu falar do "Holocausto Brasileiro"? Uma das histórias de maior descaso no Brasil, é nome dado ao maior hospício do País, responsável por ceifar 60 mil vidas em Barbacena em Minas Gerais. A história inspirou o diretor e produtor Juliano Candia Pedrozo a criar o projeto "Crônico Social".

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Por meio do livro "Holocausto Brasileiro" e documentário "Em Nome da Razão", ajudou o profissional a criar o projeto por meio da dança. A peça "Crônico Social" será lançado no próximo sábado, dia 19 de junho, as 20h. Mais informações estão  disponíveis nas redes sociais do diretor (@julianocandiapedrozo) ou no link direto https://www.youtube.com/watch?v=Vewu4jnBa5Y.

Os bailarinos Mayara Matoso, Elinei Morais, Douglas Dutra e Danilo Nogueira usam seus corpos para dar vida às trágicas histórias de quem viveu essa triste realidade. "Desde que recebi o convite do Juliano para compor o espetáculo, demonstrei um grande interesse por conta do currículo dele como diretor e pela proposta que ele queria trazer. A ideia passa longe de tudo que a gente costuma ver na cena artística da dança e um assunto importante e esquecido ou muitas vezes desconhecido por grande parte da população", conta Danilo Nogueira.

De acordo com Juliano, o que ocorreu no Colônia não é uma realidade isolada. "O hospício em questão se reproduz em vários outros lugares, às vezes com pequenas diferenças e nomes sofisticados. Esta obra é um depósito, de improdutivos de uma maneira geral, de inadaptados, de indesejáveis e de desafetos, todos aqueles que por um ou outro caminho se desviam daquilo que chamamos de normalidade. Aqui ele é confinado para sempre e recebe um rótulo, crônico social", pontua.

Ainda segundo o diretor, o projeto aborda a dificuldade de uma sociedade em aceitar o diferente e que, por isso, o define e exclui. "O 'eu' é violado e devassado a todo momento. O monopólio da loucura funda-se no controle da irracionalidade. Eram considerados loucos os esquizofrênicos, mendigos, homossexuais, drogadictos e outros dissidentes sociais. Este trabalho expressa a sociedade que está inserida que é incapaz de suportar as diferenças, demonstrando assim todo seu poder de opressão".

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