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28 de novembro de 2025 - 11h48
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VIOLÊNCIA URBANA

Atriz de 'Terra e Paixão' relata abuso sexual dentro do metrô

Atriz de Terra e Paixão descreve paralisia durante agressão e repudia ataques transfóbicos após relato

28 novembro 2025 - 11h40Redação
Valéria Barcellos como Luana Shine na novela 'Terra e Paixão'
Valéria Barcellos como Luana Shine na novela 'Terra e Paixão' - (Foto: Divulgação)
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A atriz e cantora Valéria Barcellos, conhecida por interpretar Luana Shine na novela Terra e Paixão, denunciou nas redes sociais que foi vítima de abuso sexual enquanto utilizava o metrô de São Paulo na manhã desta quintafeira (27). O caso ocorreu na estação Sé, uma das mais movimentadas da capital, durante o horário de pico.

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Segundo Valéria, o trem estava extremamente lotado quando ela sentiu um toque estranho e desconfortável. A princípio, imaginou que fosse apenas a proximidade típica do horário. No entanto, ao perceber a movimentação do homem atrás dela, percebeu que se tratava de uma agressão. A atriz relatou que o agressor mudou de posição, ficou à sua frente e começou a esfregar o órgão genital em sua mão.

Ela afirmou ter ficado completamente paralisada. Valéria, que sempre incentivou outras mulheres a denunciar casos de importunação, relatou a contradição dolorosa de não conseguir reagir no momento da violência. “Fiquei travada. Não consegui fazer nada”, disse, emocionada. Em vídeo, ela reforçou a sensação de repulsa: “Eu não estava gostando. Aquilo estava sendo nojento!”.

A artista também comentou sobre como mulheres trans, como ela, enfrentam estigmas adicionais ao buscar ajuda ou denunciar agressões. O episódio, segundo Valéria, reforça a necessidade de vocalizar essas situações, apesar do medo: “Quero que vocês denunciem. Eu sei que paralisa, senti isso na pele, mas a gente precisa denunciar e entender que a culpa não é nossa!”.

Horas após o relato, sua equipe jurídica divulgou uma nota repudiando ataques transfóbicos, racistas e comentários que tentavam desqualificar o episódio. De acordo com o comunicado, os perfis responsáveis pelas ofensas já estão sendo identificados e “medidas judiciais cabíveis” estão sendo tomadas.

O caso reacende o debate sobre insegurança em transportes públicos, além de evidenciar como a violência contra mulheres — especialmente mulheres trans — ainda é subnotificada e cercada de estigmas.

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