
A 36ª Bienal de São Paulo, que abre suas portas em 6 de setembro, revelou detalhes sobre sua programação, que será marcada pelo tema "Nem todo viandante anda estradas - Da humanidade como prática". Com uma duração de quatro meses, o evento terá uma série de atividades, entre elas o programa público Conjugações, composto por debates, encontros, performances e ativações. As ações ocorrerão no Pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera, e envolverão instituições culturais de diversos lugares do mundo.

O programa Conjugações será uma plataforma para explorar como diferentes instituições ao redor do mundo concebem a noção de humanidade a partir de suas práticas cotidianas. Entre as organizações participantes, estão: 32º East (Kampala), Africa Design School (Cotonou) Afrotonizar (Salvador), Center for Art, Research and Alliances (Nova York), Kunsthochschule Weißensee (Berlim) e muitas outras.
Inovação com realidade aumentada
Outro destaque importante da Bienal será o projeto Aparições, que utiliza tecnologia de realidade aumentada em parceria com a plataforma WAVA. Por meio de um aplicativo, os visitantes poderão acessar trabalhos de artistas em locais remotos, como as margens do Rio Congo e a fronteira entre México e Estados Unidos.
O curador geral da Bienal, Bonaventure Soh Bejeng Ndikung, explicou a proposta de forma poética: “A humanidade não é um substantivo abstrato, mas um verbo e uma prática em encontros, em palavras, em travessias. Tanto as Conjugações quanto as Aparições são sínteses desses encontros pelos quais humanidades podem ser formuladas. Ao ativar redes e presenças em diferentes localizações, propomos uma Bienal em fluxo constante.”
Expectativa e visitação
A 36ª Bienal de São Paulo reunirá cerca de 120 posições artísticas, com a previsão de receber aproximadamente 800 mil pessoas até o final de sua duração, em janeiro. A entrada será gratuita, tornando o evento acessível ao público em geral.
Andrea Pinheiro, presidente da Fundação Bienal de São Paulo, expressou entusiasmo em relação aos projetos inéditos apresentados, destacando a importância dessa edição para a continuidade da inovação na arte contemporânea.
