Há exatos 30 anos, em 4 de setembro de 1995, o Brasil se despedia de Paulo Gracindo, ou Pelópidas Guimarães Brandão Gracindo, seu nome de batismo. O ator morreu aos 84 anos, no Rio de Janeiro, após enfrentar Alzheimer e um câncer de próstata. Longe dos palcos e da televisão em seus últimos anos, deixou um legado que segue vivo na memória dos brasileiros e disponível em plataformas de streaming, como o Globoplay.
Vindo de uma família de políticos de Alagoas, chegou a cursar Direito, mas foi no teatro, no rádio e, depois, na televisão que encontrou sua vocação. Atuou em programas de rádio como Balança Mas Não Cai, na Nacional, e, a partir do fim dos anos 1950, passou a se dedicar à TV, onde brilhou em novelas e minisséries até os anos 1990.
Entre seus papéis mais marcantes está Odorico Paraguaçu, em O Bem-Amado (1973), primeiro folhetim transmitido em cores no Brasil. O político caricato e suas frases mirabolantes renderam sucesso tão grande que a trama virou seriado nos anos 1980.
Outras atuações de destaque incluem o padre Hipólito em Roque Santeiro (1985), Betinho Albuquerque Figueroa em Rainha da Sucata (1990) e Cachorrão em Vamp (1992). Sua última participação em novela foi em Mulheres de Areia (1993), como um padre em cena simbólica sobre o valor do tempo e da vida.
A carreira de Gracindo se estendeu por décadas e diferentes formatos, sempre com intensidade e talento reconhecidos. Sua trajetória é revisitada até hoje como parte da história da televisão brasileira, marcada por personagens que misturavam humor, crítica social e humanidade.
No Globoplay, é possível rever algumas de suas interpretações mais célebres em títulos como O Bem-Amado, Roque Santeiro, Rainha da Sucata, Vamp e Mulheres de Areia.
