
Registrando em dois dias consecutivos mais de 500 novos casos de coronavírus, Campo Grande pode chegar ao pico da doença no dia 25 deste mês, com 19,1 mil confirmações, fechando o mês com 21.670 casos confirmados.

Os dados foram divulgados hoje (19) pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS).
Os especialistas alertaram que a redução dos números e medidas para evitar colapso na ocupação de leitos dependerá da tomada de decisões em relação a medidas restritivas e do comportamento em geral da população quanto às ações de prevenção. Conforme os números informados pela Secretaria de Saúde de Estado (SES) na manhã de hoje, a Capital tem 16.988 casos de coronavírus.
Os professores Earlandson Ferreira Saraiva, do Instituto de Matemática da Universidade de Mato Grosso do Sul, e pelo professor Leandro Sauer, da Escola de Administração e Negócios da UFMS, alegam que caso seja mantido o comportamento atual, não haverá colapso na ocupação de leitos em Campo Grande, mas a preocupação continua para que os casos não subam e também em relação às transferências de pacientes do interior do Estado.
“Temos um cenário de estabilização, mas manter ou não depende do comportamento das pessoas, o que influencia nos números”, afirmou o professor Earlandson, alertando que as confirmações ainda seguem altas. Os modelos apontam que a taxa de ocupação podem chegar a 95%.
Leitos - A pedido da Comissão, ele analisou a média de ocupação de leitos, que está de 80% a 90%, “um limiar ainda crítico, que não permite conforto”. Ainda, avaliou a taxa de isolamento, que está numa média de 37% neste período em que este patamar foi atingido. “É muito crítico. Pouco se comparado com a necessidade do que precisamos e pouco se comparado com outros países, como Italia onde passou de 60%”, afirmou.
