
Com o aval positivo do Ministério da Saúde para a vacinação contra a Covid-19 em adolescentes de Mato Grosso do Sul, a expectativa da população é que comece o quanto antes, mas segundo o presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde de Mato Grosso do Sul (Cosems/MS), Rogério Leite, a diferença do ritmo de vacinação entre faixas-etárias nos municípios, é o que mais dificulta o início da imunização no Estado.

“A desigualdade da realidade de cada município em relação a faixa etária. Temos municípios que estão vacinando pessoas de 35 anos, ou então, categorias de trabalho. Isso é decorrente de uma estimativa populacional que está atrasada pelo IBGE e que nós tivemos que fazer uma busca ativa para que pudesse evidenciar o número populacional de cada cidade. Esses dados ainda não temos fechado, então isso prejudica o avanço na imunização”, salienta ao Giro Estadual de Notícias do Grupo Feitosa de Comunicação desta quinta-feira (29)..
O Ministério da Saúde informou em comunicado, assinado nesta terça-feira (27), que a imunização de adolescentes de 12 a 17 anos contra Covid-19 irá começar depois que toda a população de 18 anos ou mais receber ao menos uma dose de imunizante, com prioridades para aqueles com comorbidades.
Durante visita ao Estado de MS, em 16 de junho, o Cosems/MS entregou ao Ministro da Saúde Marcelo Queiroga um pleito para que o grupo fosse incluído no PNI. “Muitas cidades do Estado já vacinaram todos com mais de 18 anos, ao menos com a primeira dose, como é o caso dos 13 municípios de fronteiras que fazem parte do estudo, e há municípios pequenos que também aguardam somente as segundas doses para finalizar a imunização de pessoas com mais de 18 anos”, complementa.
O presidente do Cosems/MS, Rogério Leite
Sobre o início da vacina, o presidente afirma que ainda não há uma data específica, mas que reuniões estão sendo feitas para decidir quando começar. “Nós já estamos conversando com os secretários, temos uma remessa que vai chegar hoje (29), mais tarde teremos um direcionamento, e depois vamos fazer uma nova reunião e é bem capaz que depois disso que teremos uma posição oficial a respeito do início da imunização nos adolescentes”, afirma.
Tomou a primeira dose, mas não volta para a segunda - A Prefeitura de Campo Grande está procurando pessoas que já deveriam ter tomado dose da vacina. Funcionários das unidades de saúde da Capital ligam e mandam mensagens de alerta. Se os agentes não conseguem falar por telefone, eles vão pessoalmente até a casa do morador. O esforço é para que mais de 5 mil pessoas completem o ciclo de imunização o quanto antes.
“Nós estamos trabalhando orientando as prefeituras e secretarias para que possam fazer esse trabalho e possivelmente isso vai se estendendo para familiares, amigos e conhecidos. O trabalho é feito com o Sesi, Fiems e empresários, para que possam atingir a todos, fazendo a descentralização dessa política de saúde, quando as equipes vão até as casas dos moradores e fazendo ele entender a importância da segunda dose”, detalha.
Reabilitação pós-Covid - Inaugurado em setembro de 2020 o primeiro ambulatório para tratamento de pacientes que têm doenças residuais provocadas pela Covid-19 com atendimento integralmente pelo SUS do País, já recebeu mais de 300 solicitações de atendimento. O serviço funciona no Centro Especializado em Reabilitação da APAE de Campo Grande (CER/APAE).
O encaminhamento é realizado através do sistema de regulação municipal, onde é feito o agendamento para avaliação de cada caso. Nestes sete meses de funcionamento, o ambulatório recebeu 395 solicitações feitas via sistema de regulação municipal, sendo que, 292 pacientes iniciaram o atendimento.
“O primeiro projeto foi apresentando em setembro do ano passado em Corumbá. Nós fizemos esse apanhado de informações para que pudéssemos estruturar outras unidades espalhadas por Mato Grosso do Sul. Vamos levar uma proposta para o Ministério para que possa difundir em todo o País. É importante, por que os municípios tem o centro de atendimento, mas precisamos estruturar para que atenda esses pacientes pós-Covid. Os números mostram que 60% das pessoas estão com sequelas, seja emocional, dificuldades de articulação, membros inferiores, superiores”, afirma.
