
Após uma reunião no começo da tarde de hoje (7), a Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul e a Prefeitura de Campo Grande não chegaram a um consenso sobre o fechamento dos serviços não essenciais e a diminuição de circulação de pessoas, para que a contaminação da covid-19 desacelere na Capital.

Na última terça-feira (4) a Defensoria entrou na Justiça solicitando que a prefeitura de Campo Grande realize o 'lockdown', fechando os serviços não essenciais e a diminua da circulação de pessoas, para que os índices de casos confirmados de Covid-19 diminua no município que hoje tem mais de 11 mil casos confirmados.
“O pedido da Defensoria Pública de MS está embasado em estudos científicos, projeções matemáticas de especialistas, nos números alarmantes de contaminação que a Capital está registrando nos últimos dias e, principalmente na taxa de ocupação dos leitos de UTI que hoje é de 92,56%. A medida de restringir a circulação de pessoas é amarga, mas é preciso preservar vidas neste momento”, destacou o defensor-geral, Fábio Rogério Rombi da Silva.
A audiência foi realizada no Tribunal do Juri
No fim do mês passado o prefeito Marquinhos Trad (PSD) alegou que optar pelo 'lockdown' não seria justo. “Não seria justo pararmos as atividades econômicas da cidade enquanto os outros municípios mandam pacientes infectados pela Covid-19 para os leitos de Campo Grande seguirem abertos.”, ressalta.
Na audiência, a primeira subdefensora pública-geral, Patrícia Elias Cozzolino de Oliveira, destacou que "Do dia 4 ao dia 7 de agosto, a Defensoria Pública de MS registrou a propositura de 10 ações individuais por leitos de internação sendo oito desses pedidos em Campo Grande”.
Tendo em vista que não foi possível o acordo, fica a cargo da Justiça apreciar o pedido de tutela antecipada.
