
Motores roncando, velocidade no limite e nostalgia na pista. Após seis anos de ausência, a Stock Car volta a acelerar em Campo Grande, recolocando o Autódromo Internacional Orlando Moura no mapa do automobilismo nacional. A capital sul-mato-grossense recebe a etapa nos dias 25 e 26 de outubro, em um fim de semana que promete reunir fãs, adrenalina e histórias que marcaram época.

A edição especial de 2025 marca o retorno da principal categoria do país à cidade, com o apoio da Prefeitura de Campo Grande. O circuito volta ao calendário oficial após substituir a etapa cancelada no Rio Grande do Sul, uma escolha da organizadora Vicar, que reforça o papel da capital como uma das praças mais tradicionais da Stock Car.
O autódromo, com 3.443 metros de extensão e nove curvas em sentido anti-horário, é reconhecido entre os pilotos por seu traçado técnico e desafiador. A última prova realizada no local foi em 2019, quando Thiago Camilo e Rubens Barrichello dividiram as vitórias em uma rodada dupla.
Experiência para estudantes - Antes da largada, a sexta-feira (24) reserva uma experiência especial para fora das pistas: dez alunos de altas habilidades da Escola Municipal Senador Rachid Saldanha visitarão os boxes da competição para conhecer de perto o funcionamento das equipes.
A ação busca aproximar os estudantes do esporte e da cultura da cidade, incentivando o aprendizado prático e o contato com novas vivências.
Campo Grande tem uma trajetória marcante na Stock Car. Desde a primeira corrida, em 2002, o autódromo já recebeu disputas históricas, ultrapassagens ousadas e vitórias emblemáticas.
O grande destaque é Cacá Bueno, dono do título de “Rei da Pista” campo-grandense. O piloto soma três vitórias (2004, 2006 e 2018), três poles e seis pódios, sendo o recordista em todas essas categorias.
Outros nomes também deixaram sua marca: David Muffato, Felipe Fraga e Thiago Camilo venceram duas vezes cada. Já Rubens Barrichello, Tarso Marques, Ricardo Maurício, Nonô Figueiredo, Luciano Burti e Marcos Gomes conquistaram ao menos uma vitória em solo sul-mato-grossense.
Nos bastidores da velocidade, o público fã de estatísticas também tem motivos para celebrar. O recorde de volta mais rápida em classificação pertence a David Muffato, que em 2003 marcou 1min25s684 (média de 144,2 km/h). Já o recorde em corrida foi cravado por Mateus Greipel, em 2004, com 1min27s362 (média de 141,4 km/h).
