
O novo Renault Boreal foi apresentado oficialmente e marca uma nova fase da marca no Brasil. Fabricado em São José dos Pinhais (PR), o SUV médio chega no fim de 2025 com a missão de disputar espaço com os líderes do segmento: Jeep Compass, Toyota Corolla Cross e Volkswagen Taos. E já sai na frente em um ponto importante para o consumidor: o porta-malas é maior que o dos três rivais.

Com 522 litros de capacidade no bagageiro, o Boreal supera os 410 litros do Compass, os 440 litros do Corolla Cross e os 498 litros do Taos. Isso é possível graças ao seu tamanho avantajado: são 4,56 metros de comprimento e 2,70 metros de entre-eixos, colocando o novo SUV entre os maiores do segmento.

Design que foge da mesmice - A primeira coisa que chama atenção no Renault Boreal é o visual moderno. A frente tem grade com recortes retangulares inspirados em diamantes, além de luzes de led com assinatura própria. As rodas de 19 polegadas reforçam o porte do carro, e um detalhe elegante é a moldura prateada que contorna o teto e a coluna C, onde ficam escondidas as maçanetas das portas traseiras.
Na traseira, o conjunto óptico triangular invade as laterais, com lanternas finas e detalhes em alumínio. O visual é finalizado por um spoiler discreto e a combinação de cores no para-choque, que repete os apliques prateados da lateral.

Interior com toque europeu - Por dentro, o Boreal impressiona. A cabine mistura materiais de boa qualidade, como plásticos macios e detalhes prateados. O destaque vai para as telas, que usam o sistema OpenR, já presente nos modelos da marca na Europa.
O SUV também será o primeiro carro nacional com o sistema Google Automotive integrado. Isso significa que o motorista poderá usar apps como Waze, Maps, Spotify e até Netflix direto na central multimídia, além de comandos de voz para acionar funções do carro.
Outro diferencial é que o mapa pode ser exibido nas duas telas ao mesmo tempo: no painel de instrumentos e na central. Isso facilita a navegação e deixa a experiência mais tecnológica.

Conforto e tecnologia embarcada - Os bancos são revestidos de vinil, com ajustes elétricos e função de massagem. Pelo menos na versão mais completa, o modelo terá ainda som premium Harman Kardon, teto solar panorâmico e iluminação ambiente personalizável.
O pacote de segurança inclui itens avançados como piloto automático adaptativo, frenagem autônoma de emergência, alerta de ponto cego e sistema de estacionamento automático. O Boreal também avisa quando há risco de abrir a porta com outro carro passando.
No banco de trás, o espaço é reforçado por saídas de ar-condicionado e duas entradas USB-C. A iluminação natural também é maior, graças à terceira janela lateral e ao teto solar.

Motor já conhecido, mas com câmbio novo - O motor do Renault Boreal é o 1.3 turbo flex de até 163 cavalos e 25,5 kgfm de torque, o mesmo que já equipa o Duster, mas com ajustes para o novo SUV. A novidade é o câmbio automatizado de dupla embreagem com seis marchas, o mesmo usado no Kardian. A tração será sempre dianteira nesta primeira fase.
Uma versão híbrida leve (MHEV) já está confirmada para 2026. Ela terá um motor elétrico auxiliar de 34 cv que vai atuar nas rodas traseiras, permitindo tração 4x4 por curtos períodos. Essa tecnologia visa responder à pressão de rivais eletrificados, como os chineses GWM Haval H6 e BYD Song Plus.

De olho em mais de 70 países - Apesar de ser fabricado no Brasil, o Renault Boreal será um modelo global. A unidade de São José dos Pinhais vai exportar o carro para 17 países da América Latina, enquanto a fábrica da marca na Turquia abastecerá mais de 50 países, entre eles os do Leste Europeu, Oriente Médio e região do Mediterrâneo.
Concorrência acirrada e preço como desafio - O Renault Boreal entra em um dos segmentos mais competitivos do mercado nacional. Compass, Corolla Cross e Taos são líderes de vendas e têm forte apelo de marca. Além deles, os híbridos chineses ganham cada vez mais espaço e representam uma ameaça real ao novo SUV da Renault.
Ainda sem preço divulgado, o Boreal deve ficar na faixa acima dos R$ 200 mil, onde estão os concorrentes mais equipados. A expectativa é que a versão híbrida chegue com valor ainda mais alto, em 2026.
O desafio da marca será oferecer um bom custo-benefício, com tecnologia e espaço como grandes atrativos para conquistar o público que busca um SUV médio diferenciado.
